Estatuto do Desarmamento

AGU pede que STF declare constitucional o decreto de Lula sobre armas

No documento, a AGU argumenta que o decreto que restringe a venda e porte de armas de fogo é constitucional e "não impôs restrição desrazoada aos direitos do cidadão"

Victor Correia
postado em 14/02/2023 23:13
 (crédito: Thomas Def/ Unsplash)
(crédito: Thomas Def/ Unsplash)

A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu, nesta terça-feira (14/2), que o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheça a constitucionalidade de decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que restringiu a compra e porte de armas, o registro de novos clubes de tiro e outras medidas.

A ação declaratória de constitucionalidade é assinada por Lula, pelo Advogado-Geral da União (AGU), Jorge Messias, e pela secretária-geral de contencioso do órgão, Isadora de Arruda. No texto, a AGU argumenta que o decreto estabelece providências imediatas para conter o aumento da circulação de armas de fogo do país, mas que a medida foi contestada com ações judiciais. 

"A declaração de constitucionalidade pelo Supremo, com eficácia erga omnes [que vale para todos] e efeito vinculante, é necessária para afastar quadro de insegurança jurídica e retrocesso social, bem como consolidar a retomada das políticas públicas de controle de registros de armas de fogo", afirma a AGU.

No documento, a AGU defende que o decreto é constitucional e pede que as ações contra a medida e julgamentos nesse sentido sejam suspensos, além de pedir a declaração de constitucionalidade do ato normativo.

"Nesse contexto, o decreto nº 11.366/2023 não impôs restrição desarrazoada aos diretos do cidadão - considerando a inexistência de um direito fundamental à posse ou porte de arma de fogo -, mas tão somente reorganizou a política pública de registro, posse e comercialização de armas, com sustentáculo legal no Estatuto do Desarmamento", afirma a AGU. 

O decreto foi assinado por Lula ainda no dia da posse presidencial. Segundo o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, o governo está realizando estudos para uma nova regulamentação das armas de fogo no Brasil, voltando ao que é determinado no Estatuto do Desarmamento.

Notícias gratuitas no celular

O formato de distribuição de notícias do Correio Braziliense pelo celular mudou. A partir de agora, as notícias chegarão diretamente pelo formato Comunidades, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp. Não é preciso ser assinante para receber o serviço. Assim, o internauta pode ter, na palma da mão, matérias verificadas e com credibilidade. Para passar a receber as notícias do Correio, clique no link abaixo e entre na comunidade:

Apenas os administradores do grupo poderão mandar mensagens e saber quem são os integrantes da comunidade. Dessa forma, evitamos qualquer tipo de interação indevida.

Cobertura do Correio Braziliense

Quer ficar por dentro sobre as principais notícias do Brasil e do mundo? Siga o Correio Braziliense nas redes sociais. Estamos no Twitter, no Facebook, no Instagram, no TikTok e no YouTube. Acompanhe!

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação

CONTINUE LENDO SOBRE