ATOS GOLPISTAS

Metade dos radicais presos por ataques no 8/1 receberam auxílio emergencial

Informações coletadas pelo Ministério Público Federal também apontam que alguns dos golpistas se candidataram em eleições passadas ou forneceram serviços para campanhas políticas

Correio Braziliense
postado em 18/02/2023 03:30
 (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)
(crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)

Metade dos cerca de mil detidos por envolvimento nos atos golpistas de 8 de janeiro recebeu auxílio emergencial, indica a Procuradoria-Geral da República (PGR). De acordo com o órgão, 60% dos fichados pela ofensiva — que depredou os prédios do Palácio do Planalto, do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF) — são homens, e a maioria tem entre 36 e 55 anos.

Informações coletadas pelo Ministério Público Federal também apontam que alguns dos golpistas se candidataram em eleições passadas ou forneceram serviços para campanhas políticas. Menos de um quinto dos presos possui filiação partidária, diz ainda a PGR.

Os dados constam de levantamento elaborado por um grupo técnico do MPF que auxilia as investigações sobre a invasão e depredação das sedes dos Três Poderes no início de janeiro. A equipe foi montada no dia 16 daquele mês e é composta de 15 servidores, peritos e especialistas em tecnologia da informação.

Acessando diversos banco de dados, o grupo técnico levanta informações sobre os investigados por atos golpistas, subsidiando as apurações da PGR e o eventual oferecimento de denúncias. Ao todo, a PGR já denunciou 835 pessoas ao tribunal — 645 por incitação aos protestos golpistas e 189 por participação direta nos atos de vandalismo.

Devassa

A equipe também puxa informações sobre o endereço dos suspeitos, os bens a eles ligados, suas fichas criminais, entre outros. Além disso, consulta placas de automóveis dos investigados, com o objetivo de identificar responsáveis por veículos utilizados na ofensiva antidemocrática.

O grupo ainda auxilia a Secretaria de Perícia, Pesquisa e Análise do Ministério Público Federal — à qual é vinculada — na perícia de equipamentos eletrônicos apreendidos com os presos.

A Procuradoria-Geral da República investiga os atos golpistas em quatro frentes de apuração: sobre os responsáveis pela depredação das dependências do Planalto, Congresso e Supremo; "autores intelectuais e partícipes por instigação" dos atos antidemocráticos; financiadores da ofensiva; e "agentes públicos responsáveis por omissão imprópria".

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