Consignado

Governo propõe juro de até 1,97% para empréstimo consignado a aposentados

Em reunião do Conselho Nacional da Previdência Social, ministro Carlos Lupi diz que errou ao reduzir, de forma unilateral, a taxa para as linhas de crédito. Bancos defendem taxa de 1,99%

Henrique Lessa
postado em 28/03/2023 15:48 / atualizado em 28/03/2023 15:51
 (crédito:  Ueslei Marcelino/AFP)
(crédito: Ueslei Marcelino/AFP)

O governo federal pretende adotar o teto de 1,97% para os juros cobrados em empréstimos consignados a aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O anúncio foi feito pelo ministro da Previdência, Carlos Lupi, em reunião do Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS) que acontece nesta terça-feira (28/3).

No encontro, o ministro disse que cometeu um erro na reunião anterior, ao reduzir a teto dos juros de 2,14% ao mês para 1,70% e que motivou a suspensão dessa linha de crédito inclusive por parte das instituições financeiras públicas como a Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil. “Queria pedir desculpas a todos os representantes do conselho. Eu acho que eu cheguei muito acelerado e a reação foi muito correspondente a minha aceleração”, comentou Lupi.

ministro disse acreditar que a taxa decidida pelo CNPS na reunião anterior seria a mais justa, mas ponderou que faz parte de um governo. “Continuo achando que nós fizemos o correto, mas eu sou parte de um governo, eu esperava mesmo algumas questões que não aconteceram, a diminuição da taxa de juros, o que não aconteceu. Eu esperava que o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal continuassem no mercado, mas isso não aconteceu”, ponderou Lupi, que apresentou aos integrantes da reunião a proposta de novo teto construída pelo governo de 1,97%.

Lupi ponderou que o erro ao menos possibilitou que a questão fosse discutida em todo o país. “Muito bom que durante 15 dias isso tenha sido o tema mais discutido no Brasil, coisa que não acontecia há muito tempo. Isso possibilitou o governo criar um grupo governamental com os dois bancos, Caixa e BB, com a presença da defesa do consumidor que está no Ministério da Justiça, que no máximo em 30 dias deve fazer uma análise completa do consignado. Com todas as adversidades provenientes da nossa decisão, ela teve essa pequena virtude que eu acho grande, de levantar essa discussão” pontuou Lupi.

A reunião foi aberta pelos representantes da Federação dos Banco (Febraban). Eles apresentaram a proposta de 1,99% para o empréstimo e 2,91% para o cartão atrelado ao consignado. A reunião segue agora com os conselheiros do CNPS discutindo a proposta do governo e a dos bancos.

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