Jornal Correio Braziliense

Igualdade Racial

Governo propõe criar data nacional em homenagem à Marielle Franco

Projeto de lei que cria o Dia Nacional Marielle Franco de Combate à Violência Política de Gênero e Raça terá uma carta de motivos assinada pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva.

O governo federal dá como certa a criação do Dia Nacional Marielle Franco de Combate à Violência Política de Gênero e Raça, em 14 de março, mesmo dia em que a vereadora morreu, no ano de 2018, alvejada dentro do carro dirigido pela segunda vítima do atentado, o motorista Anderson Gomes.

O projeto de lei que será encaminhado ao Congresso Nacional foi elaborado pelo Ministério da Igualdade Racial e pelo Ministério das Mulheres e terá uma carta de exposição de motivos assinada pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT), em ato previsto para a quarta-feira (8). Após tramitar nas duas casas legislativas, o projeto retornará para sanção presidencial. 

Para a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, a data contribui para dar visibilidade à luta de mulheres negras na política. “A proposta desta data tem o peso da luta de Marielle e de muitas mulheres negras na política que vieram antes, como Luiza Bairros, Leci Brandão, a nossa querida deputada Benedita da Silva. Hoje temos um número maior de mulheres negras na política, mas precisamos garantir que elas possam exercer seus direitos políticos livremente. Estar na política não pode significar um risco de vida para as mulheres negras, cis e trans, que adentram esses espaços. E o primeiro passo é nomear e dar visibilidade a isso”, diz. 

A proposta da data é um dos legados do Instituto Marielle Franco, que em 2021 propôs um projeto de lei e coordenou uma ação de protocolo em mais de 45 casas legislativas, junto a parlamentares comprometidos com a Agenda Marielle Franco, para a criação de uma data similar - Dia Marielle Franco de Enfrentamento à Violência Política contra Mulheres Negras, LGBTQIA+ e Periféricas - tendo sido aprovada em Vitória (ES) e em Santos (SP).

De acordo com o  documento “Violência Política de Gênero e Raça no Brasil”, realizada pelo Instituto Marielle Franco em parceria com a Justiça Global e a Terra de Direitos, 98,50% das candidatas negras às eleições municipais que participaram da pesquisa relataram ter sofrido, ao menos, um tipo de violência política. A principal violência sofrida foi a virtual, representando 80% das violências sofridas pelas mulheres negras, por meio de ameaças de cunho racista, machista, transfóbico e sexista.

 

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