Congresso

Lira: PL das Fake News não andará se não garantir imunidade parlamentar

Ponto sensível do projeto garante a extensão do direito à imunidade parlamentar também nas redes sociais. Lira defendeu a manutenção da garantia em entrevista à TV

Taísa Medeiros
postado em 03/05/2023 16:42
 (crédito:  Pablo Valadares/Camara dos Deputados)
(crédito: Pablo Valadares/Camara dos Deputados)

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse, nesta quarta-feira (3/5) que o PL das Fake News (2630/2020) não andará caso não haja garantia de imunidade parlamentar nas mídias sociais.

“Tem remédio para isso, o que não tem remédio é colocar um projeto desse tão polêmico para votar e dizer que um parlamentar não terá direito à imunidade. Esse projeto nem nasce nem anda. A imunidade parlamentar tem regra, tem limite, tem responsabilidade, é o que eu digo direto. O parlamentar vai à tribuna e fala o que quer, mas ele responde pelo que diz. O projeto corrige, responsabiliza e verifica muitas situações”, defendeu, em entrevista à GloboNews.

Clima na Câmara

Lira voltou a dizer, durante a entrevista, que a condução do parlamento “não está fácil”. O desabafo já havia sido feito ontem, em plenário, durante a discussão da proposta. “O clima não está fácil de ser conduzido pelo parlamento, por diversos motivos. Tanto pela complexidade do assunto quanto pela polarização que a gente ainda vive e convive de uma maneira intensa. As discussões dizem respeito a tudo menos ao texto. O texto foi conversado, negociado, foi subtraído, foi ajustado, foi emendado”, lembrou o presidente.

Ainda segundo o parlamentar, o assunto estava tumultuado na terça-feira (2) e, portanto, não haveria condições de haver uma votação ao que ele representa. “Muitos assuntos ainda serão discutidos e eu penso que muitos partidos precisarão ser revisitados. O relator conseguiu virar ontem os votos do Podemos, grande parte do Solidariedade, mas o Republicanos e o PSDB se posicionaram contra por dificuldades ainda de texto”, concluiu.

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