Articulação

Em aceno a parlamento, Lula volta a dizer que governo depende do Congresso

Durante o lançamento do programa Escola em Tempo Integral, nesta sexta (12/5), o presidente Lula fez acenos aos parlamentares e disse ter que "conversar com todo mundo"

Victor Correia
postado em 12/05/2023 14:42 / atualizado em 12/05/2023 14:43
 (crédito: Reprodução/TV Brasil)
(crédito: Reprodução/TV Brasil)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou nesta sexta-feira (12/5) que o governo depende do Congresso, e que "o deputado pode pensar diferente" do que é proposto pelo Executivo. Em aceno ao parlamento, o petista disse ainda ter disposição de conversar com qualquer político, independentemente da filiação.

"O deputado pode pensar diferente. Pode querer fazer uma emenda, querer mudar um artigo no projeto, e nós temos que entender que isso faz parte do jogo democrático. Não é o Congresso que depende do governo. Do jeito que está a Constituição brasileira, o governo que depende do Congresso", discursou o presidente durante evento de lançamento do programa Escola em Tempo Integral, em Fortaleza, Ceará.

Lula lembrou que seu partido, o PT, tem apenas 69 deputados, e que precisa de 257 para aprovar matérias importantes na Câmara. "Eu tenho que conversar com todo mundo. Não tenho que perguntar de qual partido ele é, tenho que pedir para ele votar em nós", explicou.

Após derrotas

A fala ocorre em meio à tentativa do governo de rearranjar seu apoio no Congresso, após duas derrotas significativas: a derrubada de decreto que veta partes do Marco do Saneamento; e o adiamento da votação do PL das Fake News, ambos na Câmara. Parlamentares se dizem insatisfeitos com a liberação de emendas parlamentares por parte do Executivo, e mesmo legendas da base do governo votaram expressivamente contra o governo.

Na quarta-feira (10), o ministro da Casa Civil, Rui Costa, reconheceu, em entrevista à Globonews, que houve erros de articulação com o Congresso nas últimas semanas. "Eu diria que não foram empenhadas as emendas no prazo e na expectativa que os parlamentares tinham. Mas as coisas estão sendo azeitadas", avaliou.

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