Troca ministerial

Ministra aguarda decisão de Lula sobre demissão, diz Waguinho

Segundo o prefeito de Belford Roxo (RJ) e marido da ministra do Turismo, Daniela Carneiro, ela vai manter o apoio a Lula na Câmara caso seja mesmo removida do cargo

Victor Correia
postado em 14/06/2023 17:23 / atualizado em 14/06/2023 17:26
 (crédito: Divulgação)
(crédito: Divulgação)

O prefeito de Belford Roxo (RJ), Waguinho, afirmou nesta quarta-feira (14/6) não ter mágoas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre uma possível demissão de sua esposa, Daniela Carneiro, da chefia do Ministério do Turismo. Segundo ele, a decisão cabe a petista, e a ministra continuará na base governista caso volte à Câmara dos Deputados.

"A gente fica no aguardo do que o presidente Lula decidir. Se ele disser 'Daniela fica no ministério', Daniela fica no ministério. Se ele disser 'agora sua missão é lá na Câmara', Daniela vai pegar a missão do presidente e vai atuar na Câmara. Ela é a deputada mais votada no Rio de Janeiro", declarou Waguinho a jornalistas no Palácio do Planalto. Ele deve se reunir mais tarde com o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha.

O prefeito relatou ainda que, durante a reunião entre Lula e Daniela realizada ontem (13), ambos choraram. O petista declarou à ministra que há um impasse partidário envolvendo o União Brasil que dificulta a sua permanência no cargo, e frisou que não gostaria de demiti-la.

União cobra ministério

Daniela está com o cargo sob ameaça por pressão do União Brasil, seu partido, que quer emplacar o deputado federal Celso Sabino (União-PA) na pasta. Em litígio com a legenda, a ministra do Turismo já pediu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a permissão para mudar de sigla sem perder mandato de deputada. Ela e o marido, junto com um grupo de deputados cariocas do União, romperam com a ala liderada pelo presidente nacional, Luciano Bivar. Waguinho foi para o Republicanos, e Daniela deve seguir.

O prefeito de Belford Roxo também negou que tenha negociado cargos com Lula para compensar a demissão da ministra. "Daniela não vai pedir nenhuma estatal ao presidente Lula, nenhum cargo, nada disso. O que ela vai pedir é o normal. Ela foi votada em 92 municípios do Rio de Janeiro. O que ela vai fazer é defender os prefeitos aliados e as cidades que votaram nela", garantiu.

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