CPMI do 8/1 aprova requerimento para convocação de G. Dias

O ex-ministro-chefe do GSI de Lula, que apareceu em imagens auxiliando os manifestantes no Planalto, teve convocação aprovada nesta terça-feira (20/6), antes da primeira oitiva do colegiado

Taísa Medeiros

postado em 20/06/2023 11:27

(crédito: Ricardo Stuckert/PR)

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) aprovou nesta terça-feira (20/6) mais uma série de requerimentos de solicitação de informações e convocações para oitivas. Um dos nomes a serem ouvidos pela comissão será o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, general Gonçalves Dias — o G. Dias. Na semana passada, a comissão aprovou a ida do ex-ministro da Justiça Anderson Torres e de Mauro Cid, mas rejeitou a convocação de G. Dias.

Após a reunião, o senador Sergio Moro (União-PR) protocolou um novo requerimento nesse sentido, e o presidente da CPMI, Arthur Maia (União-BA), colocou na pauta de hoje. A rejeição do requerimento na reunião anterior causou questionamentos por parte da oposição. Isso porque, na visão dos parlamentares, o governo estaria tentando blindar a figura de G. Dias para evitar desgastes, já que o ex-GSI apareceu em imagens ajudando os invasores no dia 8 de janeiro.

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Outros convocados

Foi aprovado também o requerimento de convocação a Saulo Moura da Cunha, que dirigia a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante os ataques às sedes dos Três Poderes. E também do perito Renato Martins Carrijo da Polícia Civil do Distrito Federal, responsável pelo laudo sobre a bomba instalada nos arredores do Aeroporto de Brasília — caso pelo qual George Washington de Oliveira foi condenado.

Como item extrapauta, foi aprovada ainda a convocação do coronel Jean Lawand Junior, flagrado em conversas sobre a trama golpista com Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. Além das convocações, houve a votação dos pedidos de compartilhamento de informações. O presidente do colegiado, Arthur Maia (União-BA), ressaltou que os documentos, que correm em sigilo no Supremo Tribunal Federal (STF), serão enviados após as diligências.

“Eu tive uma audiência com o ministro Alexandre de Moraes. O ministro ponderou que ele pode fazer o compartilhamento de processos que não estejam em andamento. Eu concordei com o ministro e ele me informou que, a partir daquele dia que estive com ele, dentro do prazo de 45 dias, todos os inquéritos já teriam as diligências cumpridas, e haveria o compartilhamento”, explicou. Foram aprovados, assim, cinco requerimentos de pedidos de informação.