Deputados bolsonaristas criticam inelegibilidade: "Vence o sistema"

Decisão que torna o ex-presidente Bolsonaro inelegível foi recebida com revolta por parlamentares aliados. O ex-presidente perde o direito eleitoral por oito anos

Taísa Medeiros

postado em 30/06/2023 14:58

(crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)

Os deputados aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foram às redes sociais manifestar indignação diante da decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A maioria dos ministros votou, nesta sexta-feira (30/6), pela inegibilidade do político. A decisão ocorre em uma ação de investigação eleitoral (Aije) aberta para apurar uma reunião realizada por Bolsonaro em julho do ano passado com a presença de embaixadores, em Brasília.

A deputada Carol de Toni (PL-SC) disse que o julgamento foi um “dos mais vergonhosos da história”. “Um julgamento político, dos mais vergonhosos da história do Brasil, torna Bolsonaro inelegível. Ironicamente, a JUSTIÇA ELEITORAL anulou 58 milhões de votos. Mas conhecemos o jogo. A direita não irá se apequenar. A luta por nosso Brasil está apenas no início”, escreveu.

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Um julgamento político, dos mais vergonhosos da história do Brasil, torna Bolsonaro inelegível.
Ironicamente, a JUSTIÇA ELEITORAL anulou 58 milhões de votos. Mas conhecemos o jogo. A direita não irá se apequenar. A luta por nosso Brasil está apenas no início.

— Carol De Toni (@CarolDeToni) June 30, 2023

O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), o mais votado do país, foi curto em seu recado. “Vence o sistema”. Já o deputado Zé Trovão (PL-SC) defendeu que Bolsonaro não cometeu nenhum crime. “Baseado em ZERO CRIMES o TSE torna Bolsonaro inelegível. Pensam que com isso irão enfraquecer a direita para avançar com seu projeto de poder ditatorial...SE ENGANARAM! O fato contribui para que fiquemos mais fortes e assegura que Bolsonaro irá comandar a direita no Pais!”, defendeu.

Vence o sistema.

— Nikolas Ferreira (@nikolas_dm) June 30, 2023

Por 5 votos a 2, o TSE decide que o ex-presidente Jair Bolsonaro ficará inelegível por oito anos. O último voto foi do ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE.