INVESTIGAÇÃO

Após cinco horas, Marcos do Val sai da PF sem falar com a imprensa

Senador prestou depoimento por suspeita de um plano golpista para gravar o ministro Alexandre de Moraes. Ex-presidente Jair Bolsonaro foi à Polícia Federal na semana passada

Renato Souza
Luana Patriolino
postado em 19/07/2023 20:09
Marcos do Val sai da PF sem falar com a imprensa -  (crédito: Divulgação/Senado)
Marcos do Val sai da PF sem falar com a imprensa - (crédito: Divulgação/Senado)

O senador Marcos do Val (Podemos-ES) prestou depoimento por cinco horas, na Polícia Federal, sobre um suposto plano para gravar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes. O parlamentar chegou na sede da corporação, em Brasília, nesta quarta-feira (19/7), por volta das 13h e saiu do local sem falar com a imprensa.

Segundo o político, em dezembro de 2022, ele se reuniu com o ex-deputado Daniel Silveira e o então presidente Jair Bolsonaro (PL), no Palácio da Alvorada, e eles teriam discutido uma trama golpista para levantar suspeitas sobre a atuação de Moraes no comando da Justiça Eleitoral e pedir anulação do pleito que definiu Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como presidente da República.

Na semana passada, o ex-presidente Bolsonaro foi ouvido sobre o caso. Ele confirmou que recebeu Silveira e do Val no Palácio da Alvorada, mas negou que os três teriam discutido um plano para gravar o ministro. Segundo o ex-chefe do Executivo, "nada foi falado" sobre Alexandre de Moraes ou a respeito de qualquer ação antidemocrática.

Depois que o caso foi revelado, o senador deu versões diferentes sobre o plano. Em 15 de junho, ele foi alvo de uma operação da PF de busca e apreensão em seus endereços. A ação foi autorizada por Alexandre de Moraes. Foram recolhidos em seu gabinete e residências de Brasília e Espírito Santo computadores, pen drives e um telefone celular. O motivo da operação teria sido versões divergentes do caso apresentadas pelo suspeito. As contas em redes sociais do político também foram bloqueadas, por decisão do STF.

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