Meio ambiente

Marina Silva defende brasileira Thelma Krug na presidência do IPCC

A ministra participa em Nairóbi da 59ª sessão do órgão internacional, que pode eleger a candidata brasileira Thelma Krug como presidente. A cientista tem mais de 21 anos de experiência no órgão ambiental

Victor Correia
postado em 25/07/2023 11:32
"Trabalharemos incansavelmente para unir a comunidade internacional em favor de compromissos coletivos ambiciosos, para combater o aquecimento global", declarou a ministra - (crédito: Divulgação/Itamaraty)

A ministra do Meio Ambiente e da Mudança do Clima, Marina Silva, defendeu nesta terça-feira (25/7) a candidatura da cientista brasileira Thelma Krug à presidência do Painel Intergovernamental de Mudança Climática (IPCC). Ela participa da abertura da sessão do órgão que contará, amanhã (26), com a eleição para presidente. O evento ocorre em Nairóbi, Quênia, e conta também com a presença da secretária-geral do Itamaraty, a embaixadora Maria Laura da Rocha.

Em discurso na Embaixada do Brasil em Nairóbi, Marina frisou que o Brasil renovou o compromisso com o meio ambiente. "Trabalharemos incansavelmente para unir a comunidade internacional em favor de compromissos coletivos ambiciosos, para combater o aquecimento global. Desde agora e até a COP 30, que pretendemos realizar na cidade de Belém, no coração da Amazônia", declarou a ministra.

Segundo Marina, a próxima diretoria do IPCC terá a responsabilidade de conduzir os trabalhos em meio a um dos momentos mais críticos da história da humanizada, causado pela emergência climática. O órgão internacional é responsável por realizar pesquisas sobre o clima e compilar dados científicos, usados pelos países na formulação de políticas públicas.

Primeira mulher e representante da América Latina

"Cientista renomada, detentora de vasto conhecimento sobre múltiplos fenômenos relacionados ao tema, a Dra. Thelma Krug reúne todas as qualidades imprescindíveis para liderar o IPCC em seu sétimo ciclo de avaliação. Caso eleita, ela será a primeira mulher e a primeira representante da América Latina e Caribe a presidir o IPCC", disse ainda a ministra. "Esperamos contar com o IPCC forte, unido e capaz e dotar a comunidade internacional do conhecimento científico que a situação requer", acrescentou.

O Itamaraty e o Ministério do Meio Ambiente se articulam para que a cientista seja eleita. Ela tem mais de 21 anos de experiência no IPCC e foi a primeira mulher a ocupar sua vice-presidência. Uma de suas maiores preocupações é com a velocidade das mudanças climáticas, e que os dados científicos sejam divulgados com maior frequência pelo órgão.

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