Representatividade

Projeções na Biblioteca Nacional pedem indicação de mulher negra ao STF

Projetores iluminam o prédio a partir das 18h desta quinta-feira (24/8). Campanha iniciada pela Coalizão Negra por Direitos já realiza movimento em todas as regiões do país

Projeção na Biblioteca Nacional pede indicação de ministra negra ao STF -  (crédito: Divulgação/Coalizão Negra Por Direitos)
Projeção na Biblioteca Nacional pede indicação de ministra negra ao STF - (crédito: Divulgação/Coalizão Negra Por Direitos)
Henrique Fregonasse*
postado em 24/08/2023 21:18 / atualizado em 24/08/2023 21:18

O edifício da Biblioteca Nacional, em Brasília, recebe, desta quinta-feira (24/8), projeções pedindo a indicação de uma jurista negra para integrar o Supremo Tribunal Federal (STF). A ação faz parte da campanha iniciada pela Coalizão Negra por Direitos — que reúne mais de 200 organizações do movimento negro —, iniciada em 8 de agosto. 

O ato também presta homenagem Bernadete Pacífico, líder quilombola assassinada a tiros na última semana. Além das projeções no prédio da Biblioteca Nacional, outras ações já foram realizadas nas cidades de São Paulo (SP), Recife (PE), Porto Alegre (SC), Belo Horizonte (MG) e Tefé (AM), com a utilização de banners e projeções com os dizeres “Lula, a história espera por sua escolha” e “A primeira ministra negra no STF”.

Veja imagens das ações realizadas pelo país:

  • Projeção na Biblioteca Nacional homenageia Bernadete Pacífico Divulgação/Coalizão Negra Por Direitos
  • Projeção na Biblioteca Nacional homenageia Bernadete Pacífico Divulgação/Coalizão Negra Por Direitos
  • Projeção na Biblioteca Nacional pede por justiça Divulgação/Coalizão Negra Por Direitos
  • Projeção na Biblioteca Nacional pede indicação de ministra negra ao STF Divulgação/Coalizão Negra Por Direitos
  • Projeção na Biblioteca Nacional pede indicação de ministra negra ao STF Divulgação/Coalizão Negra Por Direitos
  • Projeção na Biblioteca Nacional pede indicação de ministra negra ao STF Divulgação/Coalizão Negra Por Direitos
  • Projeção em Tefé (AM) Divulgação/Coalizão Negra Por Direitos
  • Projeção em Tefé (AM) Divulgação/Coalizão Negra Por Direitos
  • Projeção feita em São Paulo (SP) Divulgação/Coalizão Negra Por Direitos
  • Projeção feita em Recife (PE) Divulgação/Coalizão Negra Por Direitos
  • Projeção feita em Porto Alegre (SC) Divulgação/Coalizão Negra Por Direitos
  • Projeção feita em Porto Alegre (SC) Divulgação/Coalizão Negra Por Direitos
  • Projeção feita em Belo Horizonte (MG) Divulgação/Coalizão Negra Por Direitos
  • Projeção feita em Belo Horizonte (MG) Divulgação/Coalizão Negra Por Direitos
  • Banner da Campanha em São Paulo (SP) Divulgação/Coalizão Negra Por Direitos
  • Banner da Campanha em São Paulo (SP) Divulgação/Coalizão Negra Por Direitos

A campanha também passará por Salvador (BA), Belém (PA) e outras na capital federal. Manifestações estão sendo feitas também nas redes sociais, utilizando as hashtags #SupremoTribunalDosBrancos #BrancoSupremo #MinistraNegraJá

Para Ágatha de Miranda, Coordenadora de incidência política e litígio estratégico do Instituto Peregum e uma das lideranças da campanha, ações de grande visibilidade — como as projeções e banners em edifícios — exercem um papel trivial de aproximar a campanha da opinião pública. Segundo ela, a comunicação popular é uma ferramenta importante para mobilizar o povo e informar sobre a importância da indicação que defende.

“É preciso dar visibilidade para a campanha, para que mais pessoas busquem entender o significado e o quão urgente é a indicação de uma mulher negra ao STF neste novo ciclo democrático. A comunicação popular, direta e ampla é uma importante ferramenta de mobilização social. Quando falamos em engajar o debate público para influenciar as decisões importantes, não se trata apenas de intervenções como ferramenta de pressão. É também sobre apresentar caminhos para promoção da igualdade, justiça social e racial como um projeto de país”, afirmou Miranda. 

Indicação Inédita

Em 132 de atividade da Suprema Corte, jamais uma mulher negra ocupou uma cadeira. Dos 167 ministros que já integraram o tribunal, somente três eram negros, todos homens, e três eram mulheres, incluindo as magistradas em exercício Carmen Lúcia e Rosa Weber — atual presidente do STF — que completará 75 anos em outubro e terá de deixar o cargo

*Estagiário sob supervisão de Luana Patriolino

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