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No Piauí, Lula diz que Estado brasileiro será indutor do crescimento

Segundo o governo, as obras já confirmadas no estado nordestino somam R$ 40,6 bilhões, podendo chegar a R$ 56,5 bilhões. O maior montante será destinado ao setor de geração de energia renovável

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta quinta-feira (31/8), que, na sua gestão, o Brasil será 'indutor do desenvolvimento'. A declaração ocorreu na cerimônia de anúncio dos empreendimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no Piauí. Lula declarou ainda que o PAC é "apenas o começo de uma história que já deu certo no país".

"O Novo PAC é apenas o começo de uma história que já deu certo no Brasil. Tem gente que fala que “tudo do Estado é ruim, que o Estado gasta mal”. O dado concreto é que, em qualquer país do mundo, se o Estado não tem competência de investir e oferecer estabilidade política, jurídica e social, as coisas não dão certo. O Estado brasileiro vai ser indutor do desenvolvimento. Esse é nosso compromisso", declarou.

"O estado do Piauí sempre esteve no meu coração. Não foi por acaso que usei a caneta que ganhei de um piauiense, há mais de trinta anos, para assinar o termo de posse de meu terceiro mandato. E não é por acaso que fiz questão de vir aqui lançar, pela primeira vez, uma versão estadual do Novo PAC", disse anunciando R$ 56 bilhões em obras e serviços para o estado.

"Não é apenas ter mais energia ou menos energia. É preciso saber se as condições sociopolíticas e jurídicas estão garantindo que as pessoas coloquem o seu dinheiro e por aquele dinheiro recebam o resultado dele como lucro, para gerar os empregos", continuou.

"Por isso, ouvimos dos governadores as obras que eles achavam que seriam prioridade, para coordenar um programa de desenvolvimento para cada estado. O que está aqui é quase que exclusivamente oriundo da sabedoria dos estados", emendou.

Segundo o governo, o montante de obras já confirmadas está em R$ 40,6 bilhões a serem investidos no estado, podendo chegar a R$ 56,5 bilhões. O maior montante será voltado ao setor de geração de energia. Serão R$ 14 bilhões para as áreas de energia eólica e fotovoltaica, 17,8 bilhões para obras exclusivamente em território piauiense e R$ 22,8 bilhões para obras de abrangência regional, que abrange outros estados.

O governador do Piauí, Rafael Fonteles, ressaltou que os investimentos em transição energética farão uma industrialização no Piauí.

'Temos uma oportunidade única nessa transição energética que o mundo passa, pelas condições naturais do Nordeste e do Piauí, de termos uma industrialização de verdade. Queremos usar essa energia para industrializar produtos aqui [no Piauí], queremos ser líderes em produção de fertilizante verde, aço verde, diversos produtos com matriz energética limpa que são apreciados pela indústria nacional e mundial", afirmou.

Veja a distribuição dos investimentos:

Educação, ciência e tecnologia – 14,6 bilhões

Cidades sustentáveis – R$ 11,5 bilhões

Transporte eficiente e sustentável – R$ 10,5 bilhões

Transição e segurança energética – R$ 7,3 bilhões

Água para todos – R$ 7,2 bilhões

Inclusão digital e conectividade – R$ 3 bilhões

Saúde – R$ 1,1 bilhão

Inovação para indústria da defesa – R$ 900 milhões

Infraestrutura social – R$ 300 milhões

Novo PAC

Lula lançou, no último dia 11, no Rio de Janeiro, investimentos que somam R$ 1,68 trilhão para os próximos quatro anos, no âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Essa é a terceira edição do programa, que tem como objetivo impulsionar os setores de transportes, energia, água, infraestrutura urbana, infraestrutura social e inclusão digital.

Segundo a agenda oficial de Lula, no fim da tarde, o presidente lançará o novo programa Brasil sem Fome e, depois, seguirá para Fortaleza.

 

 

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