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Time: Salabert e Hilton são listadas como líderes influentes por revista

Primeiras deputadas brasileiras trans integram lista elaborada pela revista norte-americana das 100 pessoas que podem transformar a próxima geração política

Erika Hilton e Duda Salabert: primeiras trans eleitas no Brasil, país
Erika Hilton e Duda Salabert: primeiras trans eleitas no Brasil, país "onde indivíduos transexuais enfrentam um elevado risco de violência" - (crédito: Ilustrações de Jonny Ruzzo para a TIME)
Aline Brito
postado em 13/09/2023 17:42 / atualizado em 13/09/2023 17:44

As deputadas federais Duda Salabert (PDT-MG) e Erika Hilton (PSol-SP) foram listadas, pela revista Time, entre as 100 pessoas, em todo o planeta, capazes de transformar a próxima geração de líderes. A publicação ainda destacou que elas são as primeiras trans eleitas no Brasil, país "onde indivíduos transexuais enfrentam um elevado risco de violência".

“Ser uma travesti no Brasil significa ter uma expectativa de vida muito menor do que a média. Significa ter a prostituição, na maioria dos casos, como forma única de renda. Significa ser alvo de preconceito todos os dias e estamos na luta para ressignificar tudo isso”, ressaltou Salabert. A deputada ainda reforçou que o reconhecimento a faz ter mais vontade de seguir vocalizando vozes que não são escutadas, para que as próximas gerações encontrem um mundo com mais respeito e dignidade.

Nas redes sociais, Erika Hilton agradeceu o reconhecimento, o qual recebe pelo segundo ano consecutivo. “É uma honra e uma responsabilidade fazer parte desse novo imaginário que representa a mudança na sociedade e na representação política”, escreveu a parlamentar.

Time considera ainda que as deputadas são uma inspiração por não deixarem que a violência limite suas ações políticas, além de destacar seus trabalhos comunitários e o compromisso com a educação. “A ascensão política de Erika Hilton e Duda Salabert para se tornarem as primeiras mulheres transexuais no Congresso Nacional do Brasil tem sido difícil, repleta de ameaças de morte e ódio. Mas as mulheres, recentemente eleitas num país onde os indivíduos transexuais enfrentam um elevado risco de violência, não deixam que essa realidade limite as suas aspirações legislativas”, destacou a publicação.

Além de Salabert e Hilton, a ativista indígena Txai Suruí também foi reconhecida pelo periódico norte-americano. “Txai Suruí já possui o tipo de credenciais acumuladas ao longo de uma vida inteira de defesa de direitos”, ressaltou a Time.

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