Relatora da CPMI de 8/1 defende acareação entre Bolsonaro e Mauro Cid

Eliziane Gama afirmou que ira protocolar, ainda nesta quinta-feira (14/9), pedidos para relatórios de inteligência financeira (RIFs) do ex-presidente, da ex-primeira dama Michelle e do advogado Frederick Wassef

Eliziane sobre acareação entre Cid e Bolsonaro: "Estamos estudando e eu vou dar essa definição mais clara ao longo dos próximos dias" - (crédito: Alan dos Santos/PR)

Ândrea Malcher +

postado em 14/09/2023 17:00 / atualizado em 14/09/2023 17:08

Relatora da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) de 8 de janeiro, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA) defendeu, mais uma vez, nesta quinta-feira (14/9), que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o tenente-coronel Mauro Cid, seu ex-ajudante de ordens, sejam submetidos a uma acareação.

“Estamos estudando [acareação entre Cid e Bolsonaro] e eu vou dar essa definição mais clara ao longo dos próximos dias”, prometeu ela em coletiva.

Para a parlamentar, no entanto, é preciso que os membros do colegiado construam acordo neste sentido. “Nem sempre aquilo que a gente defende, às vezes, na prática a gente consegue. Eu defendo uma acareação entre o (ex-comandante de Operações da Polícia Militar do DF, o coronel Jorge Eduardo) Naime e o (ex-chefe do Comando Militar do Planalto, o general Gustavo Henrique) Dutra, eu acho muito fundamental que essa acareação ocorra.”

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“(Assim) Como eu defendo, por exemplo, uma acareação entre a (deputada) Carla Zambelli (PL-SP) e o hacker (Walter Delgatti), entre outras acareações que poderei estar defendendo ainda. Tudo vai depender da construção de acordos que nós teremos de fato daqui para frente, mas não há dúvida nenhuma que o depoimento do general Dutra reforça a necessidade dessa acareação entre ele e o Naime, que está preso”, afirmou a senadora. Ela relembrou, ainda, que o ex-secretário de Segurança Pública do DF Anderson Torres, ex-ministro de Bolsonaro, “falou diferente do que falou o general Dutra hoje aqui na CPI”.

A relatora garantiu que irá protocolar novos requerimentos ainda hoje, entre eles pedidos por relatórios de inteligência financeira (RIF).

“Para além das acareações, nós precisamos trabalhar os RIFs, tanto do Bolsonaro quanto da Michele Bolsonaro e também do (advogado do ex-presidente Frederick) Wassef. Eu acho que os RIFs são importantes sobre o que a gente pode recuar ou o que a gente pode avançar. Eu vou estar discutindo nessas reuniões internas com a mesa e, naturalmente, com a representação da base do governo e da oposição”, ressaltou a senadora.

Com uma lista de pelo menos 28 nomes aprovados para serem ouvidos e fim previsto para o dia 17 de outubro, a CPMI conta ainda com oito encontros. A penúltima semana deverá ser afetada pelo feriado de Nossa Senhora de Aparecida, em 12 de outubro.