meio ambiente

Doria defende pagamentos por serviços ambientais para preservar Amazônia

Ex-governador de São Paulo afirmou, em entrevista ao Correio, que o diálogo é a "alternativa correta" e que os pagamentos podem contribuir com o governo na preservação da Floresta Amazônica

Para Doria, fundador do Grupo de Líderes Empresariais (Lide), essa é uma forma de
Para Doria, fundador do Grupo de Líderes Empresariais (Lide), essa é uma forma de "contribuir com o governo brasileiro e a causa ambiental" - (crédito: Ana Rayssa/CB/D.A Press)
postado em 28/09/2023 16:32 / atualizado em 28/09/2023 16:33

Em entrevista exclusiva ao Correio, o ex-governador de São Paulo João Doria defendeu a implementação de um sistema de Pagamentos por Serviços Ambientais (PSA) para incentivar nativos da Amazônia a proteger e preservar a floresta. Para o empresário, fundador do Grupo de Líderes Empresariais (Lide), essa é uma forma de “contribuir com o governo brasileiro e a causa ambiental”.

Doria opinou que o diálogo é o melhor caminho para encontrar soluções viáveis para as questões ambientais e os investidores, e entidades internacionais podem contribuir com o objetivo de preservar a Floresta Amazônica. “Esse diálogo pode estabelecer princípios para uma grande regra de Pagamentos sobre Serviço Ambiental, o chamado PSA, que é bastante razoável que seja colocado como pauta, para que países como os da União Europeia, mais Estados Unidos, Canadá, Japão, possam contribuir com o governo brasileiro, com a causa ambiental”, sugeriu, em entrevista aos jornalistas Carlos Alexandre de Souza e Denise Rothenburg.

“Há que se lembrar de uma população bastante expressiva de brasileiros, notadamente ribeirinhos e caboclos, além da população indígena, que vivem nessa Região Norte e precisam sobreviver. Não é razoável imaginar que, em nome da preservação ambiental, essas pessoas tenham que sacrificar as suas vidas, a sua renda, os seus filhos, a sua capacidade de sobrevivência, eles têm que ser remunerados”, declarou Doria.

Com o PSA, o empresário destacou que o morador nativo da Amazônia Legal vai receber um pagamento para atuar na sua região em prol do enfrentamento ao desmatamento e, assim, conservar a vegetação nativa. “O indígena, o caboclo e o ribeirinho têm que saber que a sua remuneração pode estar assegurada por fundos nacionais e internacionais, que permitam a eles compreenderem que é melhor ter a árvore de pé do que deitada. A árvore derrubada vale menos do que a árvore preservada. É nesse cenário onde eles recebem um pagamento sobre isso, eles são o guardião da floresta, seja quem for, vivendo na Região Norte do país”, esclareceu. “Este é um bom caminho e é viável, é possível”, completou Doria.

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