JUDICIÁRIO

Dino sobre vaga no Supremo: "Quem decide é Deus e o presidente Lula"

Em entrevista à GloboNews, o ministro da Justiça, Flávio Dino, desconversou sobre a possível indicação ao Supremo Tribunal Federal (STF)

Dino afirmou que está bem acomodado no Ministério da Justiça -  (crédito:  Câmara dos Deputados/Reprodução)
Dino afirmou que está bem acomodado no Ministério da Justiça - (crédito: Câmara dos Deputados/Reprodução)
Bruno Nogueira - Estado de Minas
postado em 02/10/2023 16:20 / atualizado em 02/10/2023 16:21

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, ressaltou que não cabe a ele decidir se assumirá a vaga deixada por Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal (STF). Em entrevista ao programa Estúdio i, da "GloboNews", nesta segunda-feira (2/10), Dino disse estar "bem acomodado" no primeiro escalão do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Cotado para a cadeira na Suprema Corte, Dino ainda afirmou que não tem falado sobre o assunto com o presidente. "Eu estou bem acomodado na cadeira que estou. Estou aqui (Ministério da Justiça) com ânimo definitivo, mas quem decide não sou eu. É Deus e o presidente Lula", disse.

A indicação do ministro encontra apoio de pessoas próximas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas pode enfrentar resistência do núcleo bolsonarista no Senado, devido ao enfrentamento que Dino tem feito aos aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A casa legislativa, no entanto, nunca reprovou uma indicação ao STF, mas pode cobrar caro pela aprovação.

Por outro lado, alas da esquerda ainda pressionam o presidente para a indicação de uma mulher negra. No sábado (30/9), 25 deputadas enviaram uma carta ao petista reforçando a demanda, incluindo correligionários e líderes de bancada na Câmara.

Lula já afirmou que não vai basear a escolha em critérios como gênero e raça. O mandatário afirma que tem várias pessoas na "mira", mas que serão anunciadas no momento certo. 

"O critério não será mais esse (gênero). Eu estou muito tranquilo, por isso que eu tô dizendo que eu vou escolher uma pessoa que possa atender aos interesses e expectativas do Brasil. Uma pessoa que tenha respeito com a sociedade brasileira, mas não tenha medo da imprensa. Uma pessoa que vote adequadamente sem ficar votando pela imprensa", disse em entrevista no fim de setembro.

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