Violência

Sobrevivente de chacina é transferido para São Paulo

Ortopedista Daniel Sonnewend Proença, único que sobreviveu ao ataque na Barra — que vitimou outros três colegas de profissão —, deixa o hospital no Rio a pedido da família. Local da recuperação não foi divulgado

Daniel Sonnewend Proença, sobrevivente da chacina no Rio, divulgou vídeo tranquilizando parentes e amigos -  (crédito: Reprodução/Redes sociais)
Daniel Sonnewend Proença, sobrevivente da chacina no Rio, divulgou vídeo tranquilizando parentes e amigos - (crédito: Reprodução/Redes sociais)
postado em 10/10/2023 03:55

O ortopedista Daniel Sonnewend Proença, único médico que sobreviveu ao ataque na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, que vitimou outros três colegas de profissão na madrugada da última quinta-feira — um deles o irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSol-SP) —, foi transferido para São Paulo a fim de continuar a reabilitação. A informação foi divulgada, ontem, por boletim emitido pelo Hospital Samaritano Barra, onde Daniel estava internado.

A transferência foi um pedido da família do médico, de 32 anos. O nome do hospital em São Paulo onde o ortopedista continuará o tratamento não foi informado.

No último sábado, o hospital já havia informado que Daniel estava "lúcido, orientado" e com um "quadro clínico estável". Na sexta-feira, o sobrevivente gravou um vídeo dizendo que se sentia bem, apesar de algumas fraturas. "A gente vai sair dessa juntos, tá? Valeu pela preocupação, obrigado", disse o médico em sua primeira manifestação após o ataque.

No atentado que deixou três mortos em um quiosque da Barra da Tijuca, Daniel estava acompanhado dos médicos Marcos de Andrade Corsato, Perseu Ribeiro Almeida e Diego Ralf de Souza Bomfim. Os médicos estavam no Rio para um congresso de medicina e foram assassinados em frente ao hotel onde estavam hospedados — que também sediava o evento.

A principal hipótese da polícia para a motivação da chacina é que um dos médicos, Perseu Ribeiro Almeida, pode ter sido confundido com Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, miliciano e filho de Dalmir Pereira Barbosa, apontado por autoridades policiais como um dos chefes de uma milícia que atua na zona oeste da cidade do Rio. Momentos antes do ataque, a Polícia Civil interceptou conversa telefônica que reforça essa linha investigativa.

Na noite de quinta-feira, agentes encontraram quatro corpos. A suspeita é de que ao menos dois deles sejam de suspeitos de envolvimento no ataque aos médicos.

 

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