Eduardo Paes reclama de tanques da Marinha usados em GLO no RJ

Segundo o prefeito do Rio de Janeiro, os blindados conhecidos como Piranha "destroem o calçamento da Praça Mauá"

Paes: críticas "com todo o respeito" à Marinha - (crédito: Reprodução)

Ândrea Malcher +

postado em 07/11/2023 20:27 / atualizado em 07/11/2023 23:07

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), criticou, nesta terça-feira (7/11), o uso de tanques da Marinha na Praça Mauá, zona portuária da capital fluminense. O prefeito usou as redes sociais para comentar que os veículos “destroem o calçamento” e compartilhou uma imagem do jornal O Globo.

“Com todo o respeito ao departamento de marketing da nossa querida Marinha, esses tanques aí destroem o calçamento da Praça Mauá. Dá próxima vez que o jornal O Globo for tirar foto de calçadas danificadas ali, já saberemos até quem foi. Em tempo: em breve começaremos a implantar balizadores em todo o Boulevard para impedir absurdos assim!”, escreveu ele no X (antigo Twitter).

Com todo o respeito ao departamento de marketing da nossa querida Marinha, esses tanques aí destroem o calçamento da Praça Mauá. Dá próxima vez que o @JornalOGlobo for tirar foto de calçadas danificadas ali, já saberemos até quem foi. Em tempo: em breve começaremos a implantar… pic.twitter.com/CB4I6ABgVz

— Eduardo Paes (@eduardopaes) November 7, 2023

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O uso do equipamento militar é parte da Garantia de Lei e Ordem (GLO) decretada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em portos e aeroportos do Rio e de São Paulo, que começou na segunda-feira (6). A medida se estenderá até 3 de maio do próximo ano, com o objetivo de combater o crime organizado. São utilizados para este fim 120 equipamentos, dentre eles os blindados de 18 toneladas conhecidos como Piranha, usados para transporte pessoal.

A operação ocorre nos portos de Itaguaí (RJ), Rio de Janeiro (RJ) e Santos (SP), com ações previstas, ainda, nas baías da Guanabara e de Sepetiba, ambas no Rio. Cerca de 1,9 mil militares serão mobilizados, pelas contas do governo.

Em nota enviada ao Correio, a Marinha afirma que considerou, "desde o planejamento, o uso prioritário de meios adequados ao ambiente urbano, optando pelo emprego de blindados sobre rodas (pneu), ao invés de blindados sobre lagarta (esteira)". 

"Cabe destacar que as viaturas acessaram, pelo interior do Porto, a posição em frente ao portão da Praça Mauá, que se encontra na poligonal (Área de Operações prevista pelo Decreto). Ainda assim, eventuais danos no calçamento ou em qualquer estrutura provocados pela Marinha serão reparados ou ressarcidos, logo que identificados", afirma o comunicado.

Reforçando que mantém um bom relacionamento com a Prefeitura do Rio, a Marinha observa, ainda, "que a operação de GLO está sendo executada para o fortalecimento do combate ao tráfico de armas, drogas e outros ilícitos, com foco em resultados que beneficiarão os cariocas e os brasileiros".

desde o planejamento, o uso prioritário de meios adequados ao ambiente urbano,optando pelo emprego de blindados sobre rodas (pneu), ao invés de blindados sobre lagarta(esteira).