O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou nesta terça-feira (21/11) de reunião virtual do Brics para discutir a guerra entre Israel e Hamas. A cúpula foi convocada em caráter extraordinário. Em seu discurso, o petista declarou que é preciso evitar que o conflito se alastre com o envolvimento de outras nações do Oriente Médio, e destacou que o reconhecimento da Palestina como um Estado independente é o único caminho para a paz.
Lula frisou ainda que Israel tem "assentamentos ilegais" na Cisjordânia, e disse que o maior desafio atual no conflito é fazer com que a trégua humanitária determinada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas entre em vigor imediatamente, o que Israel nega fazer.
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"Dois outros temas devem merecer nossa atenção. O primeiro é que devemos atuar para evitar que a guerra se alastre para os países vizinhos. É valiosa e imprescindível a contribuição do Brics, em sua nova configuração, junto a todos os atores em favor da contenção da contenção e da atual escalada. O Brasil não acredita que a paz seja criada apenas pela força das armas. Temos longa experiência nacional que reforça nossa fé na paz criada por uma justa negociação diplomática", discursou o presidente brasileiro.
Participaram do encontro os representantes, dos países-membro do bloco, Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, bem como das outras nações convidadas para o Brics, Arábia Saudita, Argentina, Egito, Etiópia, Emirados Árabes Unidos e Irã.
Resolução das Nações Unidas ainda não foi cumprida
Lula citou ainda que a guerra é resultado de décadas de frustração e injustiça, causadas pela falta de um Estado palestino seguro. "É fundamental acompanhar com atenção a situação na Cisjordânia, onde os assentamentos ilegais israelenses continuam a ameaçar a viabilidade de um Estado palestino. O reconhecimento de um Estado palestino viável, vivendo lado a lado com Israel, com fronteiras seguras e mutuamente reconhecidas, é a única solução possível", enfatizou o presidente.
Ele também voltou a criticar a morosidade das Nações Unidas, e o fato de Israel ainda não ter seguido a determinação por uma trégua humanitária na Faixa de Gaza. Para Lula, "a credibilidade das Nações Unidas está em jogo", e é preciso reformar o Conselho de Segurança.
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