Alemanha

Lula convidará Putin para G20 no RJ: "Se vier, ele sabe o que pode acontecer"

O presidente destacou que o Brasil é signatário do Tribunal Penal Internacional, e que Putin é alvo de mandado de prisão

"Se o Putin vai ou não, ele vai ser convidado. Ele tem um processo, ele tem que aferir as consequências. Não sou eu que posso dizer", disse Lula - (crédito: Cláudio Kbene/PR )
postado em 04/12/2023 18:37

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta segunda-feira (4/12 ) que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, será convidado para a reunião de cúpula do G20 no Brasil, em 2024. E que caberá ao líder russo pesar as consequências.

Em março, o Tribunal Penal Internacional (TPI) expediu documento para que Putin seja julgado em Haia por crimes de guerra. Ele é alvo de mandado de prisão e está impedido de viajar para os 123 países-membros do Tratado de Roma, que criou o tribunal e tem o Brasil como um dos signatários.

"Se o Putin vai ou não, ele vai ser convidado. Ele tem um processo, ele tem que aferir as consequências. Não sou eu que posso dizer", disse em pronunciamento na Alemanha.

"É uma decisão judicial. Um presidente da República não julga as decisões judiciais, ele cumpre ou não cumpre. O Putin está convidado para o G20 no Brasil, para os Brics no Brasil. E se ele comparecer, ele sabe o que vai acontecer, pode acontecer ou pode não acontecer", emendou.

"Ele não faz parte desse tribunal [Penal Internacional]. Ele não é assinante desse tribunal, os Estados Unidos também não são. Como o Brasil é signatário, o Brasil tem responsabilidade", concluiu. 

O encontro das maiores economias do planeta está marcado para os dias 18 e 19 de novembro de 2024, no Rio de Janeiro.

Em setembro deste ano, Lula afirmou que o líder russo não seria preso se viesse ao Brasil. "Eu acho que o Putin pode ir tranquilamente para o Brasil. Eu posso lhe dizer, se eu for o presidente do Brasil e ele for ao Brasil, não há por que ele ser preso". "Ninguém vai desrespeitar o Brasil, porque tentar prender ele no Brasil é desrespeitar o Brasil. É preciso as pessoas levarem muito a sério isso", disse na ocasião.

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