Ministério da Justiça

Dino diz que não foi consultado por Lula sobre substituto na Justiça

Aprovado para integrar a Suprema Corte do país, ele também afirmou que o presidente deve receber "várias alternativas para o cargo"

Depois de conversar com o presidente do STF, Luís Roberto barroso, Flávio Dino disse que Lula não o consultou sobre substitutos para o Ministério da Justiça -  (crédito:  Ed Alves/CB/DA.Press)
Depois de conversar com o presidente do STF, Luís Roberto barroso, Flávio Dino disse que Lula não o consultou sobre substitutos para o Ministério da Justiça - (crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)
postado em 14/12/2023 16:09

O ministro da Justiça, Flávio Dino, aprovado pelo Senado como novo integrante do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou, na tarde desta quinta-feira (14/12), que, até o momento, não foi informado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre quem deve assumir a chefia da pasta que comanda. Segundo ele, é necessário que sejam apresentadas "várias alternativas".

“O presidente da República ainda não indagou a minha opinião e eu, como seu auxiliar até o momento, sempre agi como agia quando eu era governador. Ou seja, que me oferecessem várias alternativas. O chefe do governo é ele. Eu jamais fiz, quando havia um problema sensível, a apresentação de um único caminho. O famoso 8 de janeiro, quando houve a crise, eu telefonei a ele e disse: ‘presidente, o cardápio é esse. Alternativa A, B, C e D’”, declarou.

 

O ministro deu as declarações na sede do STF, após reunir-se com o presidente da Corte, ministro Luís Roberto Barroso. Dino defendeu a priorização de alguns temas como, por exemplo, o aperfeiçoamento do Sistema Único de Segurança Pública (Susp).

“Conheço bem o Ministério da Justiça porque me dedico intensamente a todas as tarefas públicas que me são confiadas e, naturalmente, considero que é muito importante que o Ministério da Justiça mantenha certas prioridades. É isso que levo em conta. Sobretudo, a construção do Sistema Único de Segurança Pública, que é o tema que eu mais me dediquei”, disse.

Na noite de quarta-feira (13/12), o Senado aprovou os nomes de Dino e de Paulo Gonet para os cargos de ministro do STF e procurador-geral da República, respectivamente. Indicados pelo presidente Lula, eles enfrentaram uma sabatina conjunta inédita, que durou mais de 10 horas, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa. O ministro da Justiça obteve 47 votos, contra 31 pela sua rejeição.

 

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