INTERNACIONAL

Lula diz estar ‘feliz’ após Venezuela marcar eleições para julho

O presidente comentou nesta quarta-feira (6/3) o anúncio recente do governo Maduro. Lula, porém, alertou contra questionamentos sem provas sobre as eleições

Lula comenta eleições na Venezuela, após encontro com o presidente da Espanha -  (crédito: Ricardo Stuckert/PR)
Lula comenta eleições na Venezuela, após encontro com o presidente da Espanha - (crédito: Ricardo Stuckert/PR)
postado em 06/03/2024 12:49 / atualizado em 06/03/2024 12:49

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, nesta quarta-feira (6/3), estar “feliz” após a Venezuela marcar as eleições presidenciais do país para 28 de julho. Ele citou ainda que o governo de Nicolás Maduro o avisou que deve convidar olheiros de todo o mundo para acompanhar o pleito, mas rebateu que, se a oposição venezuelana se comportar como a sua oposição no Brasil, “nada vale”.

“Sabe o que eu fiquei feliz? Que foi marcada as eleições na Venezuela”, declarou Lula a jornalistas após receber o presidente de Governo da Espanha, Pedro Sánchez, para uma reunião no Palácio do Planalto. Questionado se considera as eleições Venezuela justas, Lula relatou que autoridades do país disseram que vão convidar olheiros internacionais para acompanhar o processo, durante participação na Cúpula da Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac), na semana passada. Lula teve, inclusive, um encontro bilateral com Maduro.

O presidente, porém, alertou contra tentativas de questionar as eleições sem provas. “Se o candidato da oposição tiver o mesmo comportamento que o nosso aqui, sabe, nada vale”, disse ainda o presidente. Seu adversário, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e aliados questionam a validade das urnas eletrônicas.

Na Venezuela, o governo de Maduro é acusado de fraudar eleições e impedir a livre concorrência de candidatos opositores. Em 2018, quando ocorreram as últimas eleições presidenciais no país, uma série de agências e instituições internacionais apontaram fraudes no pleito.

A realização de eleições democráticas neste ano é parte de um acordo com a Venezuela para levantar sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos. O governo norte-americano, porém, ameaça retomar as medidas em meio a denúncias recentes de prisão de opositores pelo governo de Maduro.

 

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