Caso Marielle Franco

Deputado Chiquinho Brazão nega envolvimento com a morte de Marielle

Caso chegou ao Supremo Tribunal Federal após a citação de parlamentar com foro privilegiado

O parlamentar critica o fato do nome dele ser citado no caso após meses de um acordo de delação premiada -  (crédito: Reprodução/Agência Câmara)
O parlamentar critica o fato do nome dele ser citado no caso após meses de um acordo de delação premiada - (crédito: Reprodução/Agência Câmara)
postado em 20/03/2024 20:42

O deputado federal Chiquinho Brazão, irmão de Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, negou nesta quarta-feira (20) envolvimento com a morte da ex-vereadora Marielle Franco, assassinada junto com o motorista Anderson Gomes em 2018.

Em nota, o parlamentar afirmou que "compartilhava posicionamento" com Marielle em relação a ocupações na Zona Oeste do Rio. As investigações apontam que disputas imobiliárias em áreas ocupadas por milícias podem ter motivado o assassinato.

"Surpreendido por especulações que buscam lhe envolver no crime que vitimou Marielle Franco e Anderson Gomes, o deputado federal Chiquinho Brazão esclarece que seu convívio com a vereadora sempre foi amistoso e cordial, sem espaço para desavenças, uma vez que ambos compartilhavam dos mesmos posicionamentos acerca da instalação de condomínios em comunidades carentes na zona oeste do Rio de Janeiro", destaca um trecho da nota.

O parlamentar critica o fato do nome dele ser citado no caso após meses de um acordo de delação premiada. "Causa estranheza que seu nome tenha surgido após muitos meses de tramitação da suposta colaboração, principalmente quando se sabe que o instrumento de investigação deve indicar, desde o início, todos os envolvidos que gozem de foro por prerrogativa de função", ressalta.

Ainda no texto, Chiquinho Brazão afirma que se coloca à disposição das autoridades e diz que as informações do caso se baseiam nas declarações de um criminoso. "A despeito das hipóteses levantadas pela mídia e da falta de idoneidade do relato de um criminoso que fez dos assassinatos sua forma de vida, coloca-se à disposição das autoridades para todo e qualquer esclarecimento, ao passo em que, com serenidade e amparado pela verdade, aguarda o esclarecimento dos fatos", completa o texto.

O caso chegou ao Supremo Tribunal Federal (STF) após a citação de um parlamentar com foro por prerrogativa de função. O ex-PM Ronnie Lessa, apontado como o atirador que efetuou os disparos que mataram Marielle e Anderson, firmou um acordo de delação com a PF. O tratado já foi homologado pelo Supremo.

 

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