INVESTIGAÇÃO

PF vai investigar ida de Jair Bolsonaro à Embaixada da Hungria

Ex-presidente ficou dois dias no prédio da representação húngara, em Brasília, após ter seu passaporte apreendido em operação sobre tentativa de golpe de Estado

O NYT analisou imagens de três dias de quatro câmeras na embaixada da Hungria, mostrando que Bolsonaro chegou na noite de segunda-feira, 12 de fevereiro, e partiu na tarde de quarta-feira, 14 -  (crédito: Reprodução/The New York Times)
O NYT analisou imagens de três dias de quatro câmeras na embaixada da Hungria, mostrando que Bolsonaro chegou na noite de segunda-feira, 12 de fevereiro, e partiu na tarde de quarta-feira, 14 - (crédito: Reprodução/The New York Times)
postado em 25/03/2024 16:12 / atualizado em 25/03/2024 16:13

A Polícia Federal vai investigar qual seria o motivo da ida do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) à Embaixada da Hungria, em Brasília, após o confisco de seu passaporte pela corporação. Em vídeos de câmeras de segurança obtidos pelo jornal norte-americano The New York Times, é possível vê-lo acompanhado por dois seguranças e pela equipe do embaixador Miklos Tamás Halmai.

Bolsonaro teve o passaporte apreendido durante a investigação de tentativa de golpe de Estado depois das eleições de 2022 em 8 de fevereiro. Quatro dias depois, ele foi ao prédio da representação húngara.

"Bolsonaro, alvo de diversas investigações criminais, não pode ser preso em uma embaixada estrangeira que o acolhe, porque estão legalmente fora do alcance das autoridades nacionais", diz o NYT.

Segundo o veículo, a presença do ex-presidente na embaixada sugeriria que ele estava tentando alavancar a amizade com o primeiro-ministro Viktor Orbán, em uma "tentativa de escapar do sistema de justiça brasileiro enquanto enfrenta investigações criminais".

O jornal analisou imagens de três dias de quatro câmeras na embaixada da Hungria, mostrando que Jair Bolsonaro chegou na noite de segunda-feira, 12 de fevereiro, e partiu na tarde de quarta-feira, 14. 

Em 2022, durante viagem a Budapeste, Bolsonaro disse que considera o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, "um irmão, dada a afinidade que temos na defesa dos nossos povos".

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