Educação

Erro na divulgação do Sisu ocorreu após adequação à Lei de Cotas, diz Camilo

Ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou, nesta terça-feira (16/4), que a investigação da divulgação antecipada ainda está em curso e que alguns dos envolvidos com o episódio foram afastados

Ministro da Educação participa de audiência na Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado para prestar esclarecimentos sobre o erro na divulgação do Sisu -  (crédito: Geraldo Magela/Agência Senado)
Ministro da Educação participa de audiência na Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado para prestar esclarecimentos sobre o erro na divulgação do Sisu - (crédito: Geraldo Magela/Agência Senado)
postado em 16/04/2024 15:07 / atualizado em 16/04/2024 15:18

O ministro da Educação, Camilo Santana, confirmou, nesta terça-feira (16/4), que o erro na divulgação da lista de aprovados no Sistema de Seleção Unificada (Sisu), em janeiro deste ano, envolveu a adaptação do mecanismo à nova Lei das Cotas. Como o Correio apontou, a maioria dos afetados pelo caso eram estudantes que disputavam vagas em alguma modalidade de cotas.

“Foi um dos questionamentos que eu fiz, se, tecnicamente, a gente teria a possibilidade de já atender na velocidade que gostaríamos a inclusão da nova lei de cotas no novo Sisu. E a equipe deu ok, mas o problema não foi aí. Nós implementamos a nova lei ao sistema, o que é complexo. O erro foi que o sistema divulgou o resultado antes da hora de divulgar”, comentou o ministro em audiência na Comissão de Educação do Senado.

Segundo Camilo, a investigação preliminar ainda está sendo conduzida e alguns dos envolvidos com o episódio já foram afastados. “Restabelecemos novos protocolos de segurança, para evitar que isso acontecesse. Estamos verificando quais são os investimentos necessários para serem feitos em todo o sistema”, disse.

“Lamentei o episódio, procuramos corrigir, para também não causar nenhuma injustiça a qualquer aluno que fosse prejudicado com o resultado do Sisu. O fato é que o resultado acionou o sistema para autorizar um resultado antes da sua conclusão”, explicou ele.

O ministro foi questionado também sobre o Plano Nacional de Educação (PNE), que deverá ser revisado e foi motivo para uma série de audiências públicas no Senado, ao longo do ano passado, para se alinhar os pontos a serem reformulados.

Camilo explicou que a ideia era apresentar um projeto de lei ainda este mês, mas que o texto “vai passar agora pela Casa Civil e pela Fazenda para que o Congresso possa se debruçar sobre ele”.

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