Questão indígena

Lula recebe líderes indígenas no Planalto em meio a cobranças

Encontro será no Palácio do Planalto amanhã (25/4) às 16h, e ocorre durante onda de insatisfação com a política de demarcação de terras indígenas

O Acampamento Terra Livre (ATL) acontece até sexta-feira (26), e reúne cerca de sete mil indígenas em Brasília -  (crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
O Acampamento Terra Livre (ATL) acontece até sexta-feira (26), e reúne cerca de sete mil indígenas em Brasília - (crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reúne amanhã (25/4) com lideranças indígenas no Palácio do Planalto em meio a críticas e insatisfações com a demarcação de terras indígenas. Os líderes participam do Acampamento Terra Livre (ATL), em Brasília.

O encontro foi solicitado pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib). Nos anos anteriores, o petista encontrou as lideranças no próprio acampamento. Desta vez, a entidade negociou uma reunião no Planalto. A informação foi adiantada pela colunista Miriam Leitão, do jornal O Globo, e confirmada pelo Correio com fontes da Presidência. A agenda oficial ainda não foi publicada.

O Acampamento Terra Livre (ATL) começou na segunda-feira (22) e vai até esta sexta-feira (26), reunindo cerca de sete mil indígenas. As entidades participantes escreveram uma carta endereçada ao governo federal, ao Congresso e ao Supremo Tribunal Federal (STF), criticando a demora na demarcação de terras e a insuficiência das políticas públicas anunciadas.

"Mas e o nosso tempo?"

O documento critica, ainda, a fala de Lula na quinta-feira passada (18), quando o presidente assinou a demarcação de dois territórios. O Ministério dos Povos Indígenas, porém, havia anunciado que seis terras seriam homologadas. O presidente argumentou que governadores pediram “um tempo” para estudar a remoção de fazendeiros e trabalhadores rurais que ocupam os terrenos atualmente sem violência.

“Mas e o nosso tempo, os tempos dos povos indígenas? Nosso tempo é agora, urgente e inadiável. Enquanto se discute marcos temporais e se concede mais tempo aos políticos, nossas terras e territórios continuam sob ameaça, nossas vidas e culturas em risco e nossas comunidades em constante luta pela sobrevivência”, diz o documento do ATL. 

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postado em 24/04/2024 16:39 / atualizado em 24/04/2024 16:44
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