Crise

Gleisi Hoffmann defende Padilha, em meio a mal-estar com Lira

O presidente da Câmara afirmou ontem (11/4) que o ministro das Relações Institucionais era "incompetente" e "desafeto pessoal"

A deputada e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PR), publicou no X (antigo Twitter) uma mensagem em apoio ao ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, alvo de críticas do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), na quinta-feira (11/4).

“Pela competência e capacidade o ministro Padilha já serviu ao Brasil em inúmeras oportunidades, sempre dedicado à missão confiada. Solidariedade companheiro. Estamos juntos!”, escreveu a parlamentar.

Lira, enquanto cumpria agenda em Londrina (PR), foi questionado sobre a votação na Câmara, na última quarta (10), que manteve a prisão do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), suspeito de ser um dos mandantes do assassinato da veradora Marielle Franco, por 277 votos a 129, com 28 abstenções, e se o resultado teria sido um indicativo da perda de força entra os parlamentares.

“Essa notícia foi vazada do governo e, basicamente, do ministro Padilha, que é um desafeto, além de pessoal, um incompetente. Não existe partidarização. Eu deixei bem claro ontem, a votação foi de cunho individual. Cada deputado é responsável pelo voto que deu. Não tem nada a ver (com influência)”, disse o deputado.

Após indireta publicada nas redes sociais ontem, Padilha declarou que não irá “descer ao nível” de Lira. “Sinceramente, não vou descer a esse nível. Sou filho de uma alagoana arretada que sempre disse que, se um não quer, dois não brigam", disse Padilha em entrevista coletiva antes do evento Líderes em Energia, no Rio de Janeiro. O ministro também afirmou que a relação do governo federal com o Congresso Nacional foi um "sucesso" no ano passado.

"Quero repetir esse sucesso, não tenho nenhum tipo de rancor. A periferia de São Paulo produziu uma grande figura, o Emicida, que diz: 'O rancor é igual tumor: envenena a raiz, quando a plateia só deseja ser feliz'. Sei que os deputados querem ser felizes e manter os bons resultados para o país. Vou seguir com o meu trabalho, alimentando essa dupla de sucesso, governo e Congresso Nacional. Não vou desviar o foco de forma nenhuma, temos muito o que fazer pelo país", destacou. O ministro ressaltou, ainda, que seguirá concentrado no diálogo com parlamentares da base e da oposição para "avançar na agenda do país".

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