Marcha dos Prefeitos

Lula anuncia novas regras para renegociação de dívidas dos municípios

Segundo o presidente, as prefeituras terão novos prazos e possibilidade de renegociar os juros de suas dívidas. O petista defendeu ainda o projeto de lei que permite a securitização de dívidas do Executivo

"Vocês sabem que notícia boa quem dá é o prefeito. Aqui, no caso, é o presidente da República. Notícia ruim quem dá são os ministros", brincou Lula, antes de ler o documento com as medidas anunciadas - (crédito: Reprodução / YouTube)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez uma série de anúncios nesta terça-feira (21/5) voltados para as prefeituras, incluindo o acordo para manter a alíquota atual sobre a folha de pagamento e as novas regras para a renegociação das dívidas previdenciárias.

O petista discursou na abertura da 25ª Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, que ocorre em Brasília até quinta-feira (23). A solenidade reuniu uma série de autoridades, incluindo os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), além de ministros do governo.

“Vocês sabem que notícia boa quem dá é o prefeito. Aqui, no caso, é o presidente da República. Notícia ruim quem dá são os ministros”, brincou Lula, antes de ler um documento com as medidas anunciadas.

O presidente comentou o acordo fechado entre o Executivo Federal e as prefeituras para manter a alíquota atual de 8% sobre a folha de pagamento das prefeituras neste ano. A medida foi tomada na semana passada, após pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) acatada pelo ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), na sexta (17). Na prática, a decisão suspende a reoneração que havia sido decidida em liminar do próprio Zanin, por um prazo de 60 dias.

O governo enviou também um projeto ao Congresso Nacional mantendo a alíquota atual para 2024, com reoneração gradual nos próximos anos, que está em negociação com os parlamentares. O PL 1.847/2024, é de autoria do senador Efraim Filho (União-PB), e relatado pelo líder do governo no senado, Jaques Wagner (PT-BA). Lula pediu urgência à base governista pela aprovação da matéria. “Nós temos, no máximo, 60 dias para votar esse projeto de lei”, frisou.

Novas regras e securitização das dívidas

O chefe do Executivo anunciou ainda que o governo vai apresentar novas regras para o financiamento de dívidas previdenciárias e precatórios, com novo prazo para o financiamento, negociação de juros e teto máximo do comprometimento da receita corrente líquida.

Nesse sentido, Lula disse que orientou a bancada governista a votar a favor do Projeto de Lei Complementar 459/2017, que prevê  securitização das dívidas da União, dos governos estaduais e dos municípios. Com a medida, que tramita com urgência, os entes poderão vender os direitos creditórios à iniciativa privada, adiantando o recebimento de parte dos valores. Segundo o presidente, o governo estima uma arrecadação de até R$ 180 bilhões com o projeto.

Outro anúncio feito é a liberação do Minha Casa Minha Vida para municípios com menos de 50 mil habitantes.

Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Ícone do whatsapp
Ícone do telegram

Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br

postado em 21/05/2024 15:24 / atualizado em 21/05/2024 16:11
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação