Investigação

Nova ministra reabre inquérito de assédio contra secretário da Criança

Investigação foi arquivada, no início do ano, por "falta de materialidade". Pasta informou que novos elementos possibilitaram reabertura 

 Deputada Macaé Evaristo (PT)
     -  (crédito: Luiz Santana/ALMG)
Deputada Macaé Evaristo (PT) - (crédito: Luiz Santana/ALMG)

A nova ministra dos Direitos Humanos e Cidadania, Macaé Evaristo, decidiu reabrir um processo que investiga supostos assédios cometidos pelo secretário da Criança e do Adolescente, Cláudio Augusto Vieira da Silva. Em janeiro, ele foi alvo de uma apuração da Corregedoria da pasta, mas a denúncia foi arquivada por falta de materialidade. 

Por meio de nota, o Ministério dos Direitos Humanos afirmou que Macaé “defende que todas as denúncias de assédio sejam apuradas com rigor, garantindo o amplo direito de defesa e o sigilo, principalmente das vítimas”.

Denúncia apresentada em 11 de janeiro de 2024 à Ouvidoria do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania foi encaminhada à Corregedoria-Geral do MDHC. Lá, a denúncia foi analisada, apurada e arquivada por falta de materialidade.

Segundo a pasta, foram obtidas novas informações sobre o caso — o que possibilitou a reabertura da investigação. “No entanto, tendo em vista novas denúncias recebidas no dia 9 de setembro, a Corregedoria entende ser pertinente a reabertura do processo para apuração dos novos fatos apresentados”, completou o texto da pasta. 

Nova ministra

Macaé Evaristo assumiu o ministério após a demissão de Silvio Almeida por acusações de assédio sexual e moral. Uma das vítimas seria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. O ex-ministro nega as acusações. Lula divulgou nota com a demissão e afirmou que não toleraria comportamentos desse tipo. 

Em declaração à imprensa após a indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a nova ministra afirmou que os relatos de assédio sexual envolvendo o ministério devem ser investigados com rigor e com o "amplo direito de defesa". "Quanto às denúncias, é muito importante que os órgãos responsáveis façam as devidas apurações", disse.

A ministra destacou que é essencial garantir a preservação da privacidade e o sigilo dos fatos. "A ideia é que possamos fazer todo o procedimento necessário, garantindo os direitos das pessoas denunciantes, bem como o amplo e pleno direito de defesa. É muito importante que garantamos a privacidade e o sigilo dos fatos, principalmente das pessoas que foram lesadas", ressaltou.

 

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postado em 13/09/2024 20:30
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