Primeira-dama

Marina Silva diz que ataques à Janja são "retaliação" por indicação de Gleisi

A primeira-dama restringiu sua conta no Instagram, após comentários de ódio

"Seguimos juntas, porque ocupar espaços de poder não é concessão, é direito que a duras penas vem sendo conquistado", destacou Marina - (crédito: Reprodução/X)

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, saiu em defesa de Janja Lula da Silva, nas redes sociais, nesta sexta-feira (14/3). Para ela, os comentários de ódio no perfil da primeira-dama são uma “retaliação” pela indicação de Gleisi Hoffmann como ministra da Secretaria de Relações Institucionais.

“Minha total solidariedade à Janja, que tem sido alvo de uma campanha de perseguição coordenada, que já se anunciava antes, mas se intensificou ainda mais pelo machismo estrutural, pelo desrespeito e pela misoginia escancarada de opositores — incluindo parlamentares. Uma campanha talvez aprofundada como retaliação à nomeação da Ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann”, iniciou a ministra do Meio Ambiente.

“É inadmissível que as pessoas usem as redes sociais não para o exercício democrático da crítica, o que seria legítimo, mas para exibir seu machismo e misoginia sem nenhum filtro ético, de bom senso ou respeito à dignidade das pessoas. Não satisfeitas, vão além: caluniam, difamam e ameaçam a primeira-dama do país”, acrescentou.


Marina Silva, então, comentou que as mulheres do governo não se calarão frente aos ataques que a primeira-dama recebe. “Tenho certeza de que isso não calará Janja, Gleisi e muitas outras mulheres que têm peso, força e voz no governo do presidente Lula. Seguimos juntas, porque ocupar espaços de poder não é concessão, é direito que a duras penas vem sendo conquistado”, declarou.

Conta privada

Janja restringiu sua conta do Instagram para privado, na quinta-feira (13), após receber série de comentários machistas e misóginos em publicações. “Os comentários no perfil da primeira-dama Janja no Instagram são um exemplo de como um grupo de pessoas acham que as redes sociais são uma terra sem lei, onde podem escrever ofensas livremente”, diz nota da assessoria da primeira-dama.

“Janja, apesar de ser uma pessoa pública por ser casada com o Presidente da República, tem o domínio sobre seu perfil no Instagram e o direito de decidir restringir sua conta temporariamente para reforçar a moderação dos comentários em suas publicações, bem como de seus seguidores”, completa o texto, que também defende a regulação das redes sociais no país.

Siga o canal do Correio no WhatsApp e receba as principais notícias do dia no seu celular

“É urgente e necessária a regulamentação das plataformas digitais, não só no Brasil mas globalmente. As plataformas precisam se responsabilizar e punir os crimes que são cometidos dentro delas. Mas o que vimos nos últimos meses é um retrocesso. A própria Meta realizou mudanças nas Diretrizes da Comunidade, com medidas que mudam regras da empresa para combater a desinformação e o ódio, alterando especialmente diretrizes sobre gênero e deixando de punir criminosos”, acrescenta o documento.

Mayara Souto
postado em 14/03/2025 16:54 / atualizado em 14/03/2025 16:55
x