França

Lula reforça acordo entre UE e Mercosul após reunião com empresas francesas

Em seu discurso, o presidente enfatizou que o acordo UE-Mercosul é uma "necessidade" para a União Europeia, para o Mercosul e para o mundo. "Comércio binacional é uma via de duas mãos", reforçou o petista

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforçou a defesa de um possível acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia, nesta sexta-feira (6/6), após finalizar uma reunião com empresários franceses, em Paris, na França. 

Em seu discurso, o petista enfatizou que o acordo UE-Mercosul é uma "necessidade" para a União Europeia, para o Mercosul e para o mundo. Ele também relembrou ter dito ao presidente Emmanuel Macron para "abrir o coração para o Brasil" e fazer o acordo acontecer. Com a presidência do Mercosul a cargo do Brasil a partir de 6 de julho, Lula se comprometeu a assinar o acordo antes do mandato terminar, em 6 de dezembro.

"Eu disse ao presidente Macron, se nós colocarmos os agricultores franceses junto com os brasileiros, vão ter uma descoberta extraordinária. Eles vão descobrir que a nossa agricultura é complementar, uma não prejudica a outra. Ora, por que que eu não posso comprar um franguinho francês? E por que que os franceses não podem comprar um franguinho brasileiro? Afinal de contas, comércio binacional é uma via de duas mãos. Eu compro e vendo. Eu exijo qualidade, mas eu ofereço qualidade", comentou o chefe do Executivo.

Ele ressaltou que o pacto, que envolve 722 milhões de pessoas e US$ 22 trilhões, serve como uma demonstração contra o protecionismo e a favor do livre comércio. Lula também procurou dissipar receios, argumentando que o acordo não representará uma "ameaça significativa" para produtores europeus. Ele inclusive propôs a Macron que produtores franceses e brasileiros se sentem à mesa para descobrir as complementaridades entre as duas agriculturas. 

Assista ao vídeo:

<blockquote class="twitter-tweet" data-media-max-width="560"><p lang="pt" dir="ltr">O acordo Mercosul-União Européia é uma necessidade do Mercosul, da Europa e do mundo.<br><br> <a href="https://twitter.com/ricardostuckert?ref_src=twsrc%5Etfw">@ricardostuckert</a> <a href="https://t.co/dtuSW2D5bG">pic.twitter.com/dtuSW2D5bG</a></p>&mdash; Lula (@LulaOficial) <a href="https://twitter.com/LulaOficial/status/1931039079367348311?ref_src=twsrc%5Etfw">June 6, 2025</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script>

"Vamos juntar os nossos produtores que você vai ver que eles vão ter muito mais afinidade que os nossos técnicos. Não é que eu esteja desmerecendo o técnico, não. Técnico é muito importante. São gente, gente bem formada, gente muito qualificada. Mas nesse negócio de acordo falta uma certa sensibilidade política, sensibilidade econômica, sensibilidade de interesses de quem produz", disse. 

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