Trama golpista

Garnier nega ter dito que tropas da Marinha estariam à disposição de Bolsonaro

Emocionado, Garnier disse que não foi com alegria que se ausentou na cerimônia de transferência do cargo para o comandante da Marinha nomeado pelo presidente Lula

O almirante e ex-comandante da Marinha, Almir Garnier, negou ter dito que as tropas do órgão estariam à disposição para uma tentativa de golpe de Estado. De acordo com o réu em depoimento nesta terça-feira (10/6), na mesma reunião, com o ex-ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, com o ex-comandante Carlos Baptista Júnior (FAB) e o general Freire Gomes (Exército), não foi apresentada nenhuma minuta.

Siga o canal do Correio no WhatsApp e receba as principais notícias do dia no seu celular

Na reunião, convocada por Nogueira, foram debatidos "assuntos diversos". Segundo Garnier, a reunião foi no mínimo "estranha, ela meio que se encerrou antes de começar". Garnier teria sido o último a chegar. "Quando eu entrei, eu já percebi que tinha havido algum tipo de desentendimento, discussão e a reunião foi encerrada", comentou. Ela foi encerrada sem que Garnier tivesse participado ativamente nela, alegou o réu.

Pela primeira vez, o almirante explicou sobre sua ausência na cerimônia de transferência de posse do cargo para o comandante que iria assumir sob nomeação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A cerimônia é uma tradição das forças armadas.

Fellipe Sampaio/STF -
Rosinei Coutinho/STF -
Ton Molina/STF -
Ton Molina/STF -
Gustavo Moreno/STF -
Gustavo Moreno/STF -
Gustavo Moreno/STF -
Ton Molina/STF -
Ton Molina/STF -
Gustavo Moreno/STF -
Gustavo Moreno/STF -
Ton Molina -
Ed Alves CB/DA Press -
Ed Alves CB/DA Press -
Ed Alves CB/DA Press -

De acordo com Garnier, o comandante nomeado por Lula queria ser empossado na presença do ministro da Defesa do novo governo. Já ele, por sua vez, tinha o compromisso com o ministro da Defesa que não poderia participar, pois Garnier queria que a cerimônia ocorresse ainda em 2022, antes do início do novo governo.

Apesar disso, ele disse que “não foi com alegria que eu disse isso a ele, porque nós temos tradições, após anos na Marinha eu queria me despedir lá”, comentou emocionado. Embora não tenha comparecido, fez a passagem do comando, mas se ausentou em respeito ao acordo que tinha feito com o ministro do governo Bolsonaro, na época o também réu por tentativa de golpe de Estado, Paulo Sérgio Nogueira.

https://www.correiobraziliense.com.br/webstories/2025/04/7121170-canal-do-correio-braziliense-no-whatsapp.html

 

Mais Lidas