Pesquisa de Opinião

Desconfiança marca avaliação do STF por deputados federais, aponta Quaest

Maioria dos deputados vê atuação excessiva da Corte sobre o Legislativo e não descarta aprovação de impeachment de ministros nos próximos anos

Para 48% dos parlamentares ouvidos, o Supremo Tribunal Federal (STF) tem uma atuação negativa -  (crédito: Fellipe Sampaio /STF)
Para 48% dos parlamentares ouvidos, o Supremo Tribunal Federal (STF) tem uma atuação negativa - (crédito: Fellipe Sampaio /STF)

A mais recente pesquisa realizada pela Quaest com 203 deputados federais, divulgada nesta quarta-feira (2/7), revela um cenário de desconfiança entre o Legislativo e o Judiciário. Para 48% dos parlamentares ouvidos, o Supremo Tribunal Federal (STF) tem uma atuação negativa. Apenas 27% avaliaram positivamente a Corte, enquanto 18% consideraram regular e 7% não souberam responder.

O nível de crítica varia de acordo com a posição ideológica dos deputados. Entre os que se identificam com a direita, 73% avaliam negativamente o Supremo, 15% mantêm avaliação regular, e apenas 4% fazem avaliação positiva.

No campo da esquerda, a percepção se inverte: 74% dos deputados avaliam o STF de forma positiva, 14% consideram regular, e 12% consideram negativa. Já entre os que se declaram de centro, 44% avaliam negativamente a Corte, 28% de forma neutra e apenas 25% positivamente.

A percepção de que o STF sempre invade as competências do Congresso atinge 49% dos deputados. Outros 28% consideram que às vezes o Supremo extrapola suas atribuições, 12% consideram raramente, 5% nunca e 6% não souberam responder.

Além disso, 49% dos deputados entrevistados consideram que o STF sempre invade as competências do Congresso — desses 77% são do campo da direita, 43% do centro e 4% da esquerda — 28% considera que isso ocorre às vezes, 12% raramente, 5% nunca e 6% não souberam responder.

Quando questionados se o Congresso vai aprovar o impeachment de ministro(s) do STF no futuro, 22% responderam que sim, 65% disseram não e 13% não souberam responder. A expectativa é mais forte entre os deputados de direita: 34% responderam sim; enquanto apenas 4% da esquerda consideram possível e 19% do centro.

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A pesquisa divulgada hoje (2/7) foi realizada entre 7 de maio e 30 de junho de 2025, com amostragem estratificada por região e ideologia, e margem de erro estimada em 4,5 pontos percentuais.

postado em 02/07/2025 11:21
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