Bom dia, Ministro

Ministro do Trabalho minimiza impacto de tarifas dos EUA

Segundo ele, as medidas adotadas pelo governo federal dentro do Plano Brasil Soberano darão suporte às empresas

"O mercado de trabalho brasileiro está adequado e vamos dar conta desse recado e fazer os necessários socorros às empresas a partir da medida provisória", declarou o ministro Luiz Marinho - (crédito: Ed Alves/CB/DA.Press. Politica. entrevista com o Ministro do Trabalho Luiz Marinho. )

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, afirmou, nesta quinta-feira (21/8), que o Brasil está preparado para enfrentar os efeitos da decisão dos Estados Unidos de elevar em 50% as tarifas sobre produtos brasileiros. Segundo ele, as medidas adotadas pelo governo federal dentro do Plano Brasil Soberano darão suporte às empresas e preservarão o bom momento do mercado de trabalho.

“Eu não vejo com esse temor todo o impacto que venha ocorrer. Acho que o mercado de trabalho brasileiro está adequado e vamos dar conta desse recado e fazer os necessários socorros às empresas a partir da medida provisória (Plano Brasil Soberano) e da legislação vigente”, declarou o ministro, durante entrevista ao programa Bom Dia, Ministro.

Lançado em 13 de agosto, o Plano Brasil Soberano reúne ações em três frentes: fortalecimento do setor produtivo, proteção aos trabalhadores e diplomacia comercial. A iniciativa busca mitigar os efeitos da decisão unilateral de Washington, além de ampliar a diversificação dos mercados externos.

Emprego em alta

Marinho destacou que a conjuntura atual do mercado de trabalho é favorável, com a menor taxa de desemprego desde o início da série histórica da PNAD Contínua, em 2012. Entre abril e junho de 2025, o índice foi de 5,8%. O país também registrou recorde de vínculos formais, com 48,4 milhões de trabalhadores empregados, e superou a marca de 1,2 milhão de novos postos criados no primeiro semestre do ano, segundo dados do Novo Caged.

Mesmo diante das tarifas, o ministro minimizou os riscos. “Se tudo desse errado, o impacto seria de 320 mil de desemprego no Brasil, para um mercado com estoque de 48 milhões. Evidentemente, tem setores fortemente atingidos, outros levemente atingidos e outros não atingidos, porque produzem para outros mercados”, afirmou.

Outro ponto ressaltado por Marinho foi a redução da dependência brasileira em relação ao mercado norte-americano. Ele lembrou que, em décadas anteriores, 25% das exportações tinham como destino os Estados Unidos, enquanto hoje esse percentual é de 12%.

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“Nesses dois anos e meio do governo Lula, nós abrimos 400 novos mercados para produtos brasileiros. Crescemos na exportação e crescemos no mercado interno. Seguramente, quando sairmos dessa crise tarifária, nossa dependência dos Estados Unidos será ainda menor”, concluiu.

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postado em 21/08/2025 12:37 / atualizado em 21/08/2025 14:23
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