A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) entregou nesta segunda-feira (18/8) ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o atestado médico que comprova sua ida ao hospital no último sábado (16). O documento era uma exigência do magistrado para validar a saída temporária de Bolsonaro da prisão domiciliar.
Segundo o relatório, o ex-presidente realizou uma série de exames em um hospital particular de Brasília, entre eles urina, sangue, endoscopia, tomografia, ecocardiograma, ultrassonografia e colonoscopia. Os resultados apontaram duas infecções pulmonares e quadros persistentes de esofagite e gastrite, que demandam o uso contínuo de medicamentos.
O médico responsável também recomendou a manutenção de tratamentos já em andamento, como os de hipertensão arterial, doença aterosclerótica das artérias carótidas e coronárias, dislipidemia e refluxo. Além disso, foram indicadas medidas preventivas contra broncoaspiração, reforçando a necessidade de acompanhamento médico frequente.
A autorização de Moraes determinava que os exames fossem realizados no sábado e que o laudo médico fosse apresentado em até 48 horas. O ministro já havia permitido, anteriormente, que médicos de confiança de Bolsonaro prestassem atendimento domiciliar sem necessidade de aviso prévio ao STF, desde que respeitadas as medidas cautelares.
O magistrado também destacou que, em casos de internação emergencial, o procedimento poderá ocorrer sem autorização judicial prévia, mas deverá ser comunicado ao Supremo em até 24 horas, com a devida comprovação médica.
Bolsonaro ainda lida com complicações decorrentes da facada sofrida em 2018, durante a campanha presidencial. Desde então, passou por nove cirurgias e pelo menos 13 internações hospitalares, mantendo um histórico de cuidados médicos contínuos.
*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro
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