Para 57% dos brasileiros, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) queria provocar o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, ao participar de uma videochamada durante uma manifestação em 3 de agosto. O ato motivou que o ministro determinasse a prisão domiciliar de Bolsonaro. Outros 30% avaliam que Bolsonaro não compreendeu bem as regras impostas por Moraes. Os dados são da pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta segunda-feira (25/8).
A maioria dos entrevistados que acham que Bolsonaro agiu de próposito está no Nordeste (60%), seguido Sudeste e Centro-Oeste/Norte (58% cada) e Sul (47%). Já a avaliação de que o ex-presidente errou por não entender as regras foi mais predominante no Sul (38%), Centro-Oeste/Norte (31%), seguido de Sudeste e Nordeste (28% cada).
O vídeo da ligação foi publicado nas redes sociais por um dos filhos do ex-presidente, o senador Flávio Bolsonaro (PL-SP). No vídeo divulgado nas redes sociais, Bolsonaro aparece sentado, de bermuda, vestindo uma camisa com as cores do Brasil, com a tornozeleira eletrônica visível na perna.
Veja o vídeo que motivou a prisão domiciliar:
Moraes descreveu o conteúdo, replicado em redes sociais dos filhos, como "material pré-fabricado" que já havia sido proibido em decisões anteriores. Ainda segundo o ministro, as divulgações nas redes sociais demonstraram que houve a continuidade da tentativa de coagir o STF e obstruir a Justiça.
A prisão domiciliar de Bolsonaro é cumprida na residência dele em Brasília. Ele não pode receber visitas, a não ser de seus advogados e outras pessoas previamente autorizadas pelo STF. O ex-presidente também está proibido de usar aparelho celular, diretamente ou por meio de terceiros.
O levantamento Genial/Quaest também revelou que mais da metade dos brasileiros (55%) avaliam que a prisão domiciliar do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, é justa. A pesquisa entrevistou, entre 13 e 17 de agosto, 2.004 pessoas de diferentes municípios.
Entenda a situação jurídica de Bolsonaro
- A prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi decretada em 4 de agosto.
- A medida foi tomada diante do descumprimento de medidas cautelares já impostas pelo STF. A prisão está sendo cumprida na residência de Bolsonaro, em Brasília.
- Ele não pode receber visitas, a não ser de seus advogados e de outras pessoas previamente autorizadas pelo STF. O ex-presidente também está proibido de usar aparelho celular, diretamente ou por meio de terceiros.
- Bolsonaro responde pelos crimes de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, participação em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
- O julgamento de Bolsonaro e aliados que integram o chamado "núcleo 1" da trama golpista começa em 2 de setembro, no STF.
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