
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lamentou nesta terça-feira (2/9) a morte do jornalista Mino Carta, ocorrida na madrugada . Ele decretou luto de três dias no país e viajará ainda nesta tarde para São Paulo, onde ocorre o funeral.
Em nota de pesar, o chefe do Executivo disse que o jornalista fez história, e que deu a oportunidade para a primeira aparição do petista em uma capa de revista, na Istoé, em 1978. Afirmou também que Mino teve um papel fundamental para a consolidação da democracia no país.
“Recebi com muita tristeza a notícia da morte de meu amigo Mino Carta, ocorrida na madrugada deste 2 de setembro. Ele fez história no jornalismo brasileiro: criou e dirigiu algumas de nossas principais revistas (Veja, Isto é, Quatro Rodas, Carta Capital, Jornal da Tarde, Jornal da República) e formou gerações de profissionais”, escreveu Lula.
“Sobretudo, mostrou que a imprensa livre e a democracia andam de mãos dadas. Em meio ao autoritarismo do regime militar, as publicações que dirigia denunciavam o abuso dos poderosos e traziam a voz daqueles que clamavam pela liberdade”, acrescentou.
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Lula e Mino tinham uma relação de amizade. Em junho do ano passado, o presidente o visitou durante viagem a São Paulo, quando também esteve com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC).
Democracia e jornalismo
Na nota, Lula contou que conheceu o jornalista há quase 50 anos, quando Mino apurava a luta sindical no país.
“Estas décadas de convivência me dão a certeza de que Mino foi – e sempre será – uma referência para o jornalismo brasileiro por sua coragem, espírito crítico e compromisso com um país justo e igualitário para todos os brasileiros e brasileiras”, disse o chefe do Executivo.
“Se hoje vivemos em uma democracia sólida, se hoje nossas instituições conseguem vencer as ameaças autoritárias, muito disso se deve ao trabalho deste verdadeiro humanista, das publicações que dirigiu e dos profissionais que ele formou”, emendou.
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