Multilateralismo

Lula reúne Brics e defende reforma global e ampliação do comércio

Líderes do Brics fazem balanço do cenário global e reforçam a necessidade de uma ordem internacional mais justa, equilibrada e inclusiva

Lula afirmou que o Brics deve atuar ativamente na promoção da paz e em soluções coletivas para desafios globais -  (crédito:  Ed Alves CB/DA Press)
Lula afirmou que o Brics deve atuar ativamente na promoção da paz e em soluções coletivas para desafios globais - (crédito: Ed Alves CB/DA Press)

Em meio a tensões econômicas e políticas globais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reuniu nesta segunda-feira (8/9) os líderes do Brics em uma cúpula virtual, que durou cerca de 1h30. O encontro, convocado pelo Brasil durante sua presidência do bloco, teve como foco a defesa do multilateralismo e a necessidade de reformar as instituições internacionais.

O encontro acontece em meio ao aumento de tarifas dos Estados Unidos sobre produtos do bloco, com o objetivo de discutir respostas conjuntas e fortalecer a cooperação econômica entre os países.

Os participantes fizeram um balanço abrangente da conjuntura mundial e chegaram a um consenso sobre a urgência de construir uma ordem internacional mais justa, equilibrada e inclusiva, que reflita as transformações em curso e responda às demandas do Sul Global.

Também manifestaram preocupação com a intensificação de medidas unilaterais — especialmente no comércio — e defenderam maior solidariedade, coordenação e integração econômica entre os países do agrupamento.

A reunião serviu ainda como preparação para três grandes eventos multilaterais previstos para os próximos meses: a 80ª Assembleia Geral da ONU, que começa em 23 de setembro em Nova York; a COP-30, marcada para 6 de novembro em Belém; e a Cúpula de Líderes do G20, agendada para 22 e 23 de novembro.

Em discurso, Lula destacou que o Brics deve desempenhar papel ativo na promoção da paz e no fortalecimento de soluções coletivas para os desafios globais. A postura foi endossada pelos demais líderes presentes: presidentes da China, Rússia, África do Sul, Indonésia, Irã e Egito; o príncipe herdeiro dos Emirados Árabes Unidos; o chanceler da Índia; e o vice-ministro das Relações Exteriores da Etiópia.

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Segundo o governo, com a iniciativa, o Brasil busca projetar sua liderança diplomática em um momento em que o bloco amplia sua relevância como contraponto às tensões geopolíticas e à fragmentação da governança internacional.

 

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postado em 08/09/2025 11:49
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