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Em podcast evangélico, Lula nega usar religião de forma eleitoral

No programa, que também contou com a participação da primeira-dama Janja, Lula afirmou que não gosta de frequentar igrejas durante a campanha eleitoral

Como presidente, Lula recebeu líderes evangélicos no Palácio do Planalto. Em 2022, fez eventos com pastores e publicou
Como presidente, Lula recebeu líderes evangélicos no Palácio do Planalto. Em 2022, fez eventos com pastores e publicou "Carta aos Evangélicos", público religioso com baixo apoio ao petista. - (crédito: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou que não se deve utilizar a religião de forma eleitoral, e que “não gosta de ir em uma igreja em época de campanha”. A fala ocorreu em entrevista ao podcast Papo de Crente, da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito, publicado nesta sexta-feira (19/9).

“Eu não tenho o hábito de fazer política tentando dividir a sociedade por religião. Eu tento juntar todo o povo brasileiro, respeitando  todas as religiões, e conversar com as pessoas sobre políticas públicas que o Estado brasileiro tem que fazer”, disse o presidente.

“Eu não gosto de ir em uma igreja em época de campanha. Sinceramente, eu não gosto. Nem da católica, evangélica, em nenhuma igreja. Porque eu não acho que a gente tem que utilizar o nome de Deus em vão. Eu não acho que a gente tenha que usar a religião eleitoralmente”, acrescentou ainda.

Na campanha de 2022, Lula participou de um ato de campanha com pastores evangélicos em São Gonçalo, no Rio de Janeiro, que contou com leituras de passagens da Bíblia e orações. Divulgou ainda uma “Carta aos Evangélicos”. Dentre a população religiosa, os evangélicos são os que menos apoiam o petista.

Ações para os mais pobres

No programa, que teve a participação também da primeira-dama Janja da Silva, Lula destacou programas de seu governo voltados à população mais pobre, como o Gás do Povo, lançado recentemente, que fornece gás gratuito para famílias de menor renda.

Ele disse ainda que sua prioridade é justamente atender aos mais pobres, e que outros políticos só os levam em conta na época da eleição.

“A classe política não os vê. Eles só passam a ter importância nas eleições, que vai todo mundo falar com os pobres na periferia. Aí, quando acaba as eleições, eles esquecem os pobres e vão jantar com os ricos”, afirmou o presidente.

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postado em 19/09/2025 13:12 / atualizado em 19/09/2025 15:16
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