
Mais de um mês após a invasão ao plenário da Câmara dos Deputados, a Corregedoria concluiu, nesta sexta-feira (19/9), o relatório sobre o episódio e recomendou punições a 14 parlamentares de oposição. A decisão agora cabe à Mesa Diretora, que avaliará se acata ou não a orientação do corregedor Diego Coronel (PSD-BA).
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O motim ocorreu em 5 de agosto, quando deputados tomaram as cadeiras da Mesa e interromperam a sessão para pressionar pela votação do chamado "pacote da paz", proposta encabeçada por Flávio Bolsonaro (PL-RJ). O conjunto de medidas incluía a anistia aos condenados dos atos de 8 de Janeiro, o impeachment do ministro Alexandre de Moraes e o fim do foro privilegiado.
Punições sugeridas
A medida mais severa recaiu sobre Marcos Pollon (PL-MS), que pode ser suspenso por três meses: um por permanecer na cadeira do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e outros dois por ofensas dirigidas ao parlamentar.
Já Marcel Van Hattem (Novo-RS) e Zé Trovão (PL-SC) devem enfrentar suspensão de 30 dias.
Outros 11 deputados receberam indicação de “censura escrita” — advertência que, em caso de reincidência, pode levar a suspensões automáticas. Entre eles, figuram lideranças de peso da oposição, como Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), Nikolas Ferreira (PL-MG), Bia Kicis (PL-DF), Carlos Jordy (PL-RJ) e Julia Zanatta (PL-SC).
Também constam na lista Luciano Zucco (PL-SC), Allan Garcês (PP-MA), Caroline de Toni (PL-SC), Marco Feliciano (PL-SP), Domingos Sávio (PL-MG) e Paulo Bilynskyj (PL-SP).
- Leia também: Quem é Diego Coronel, corregedor que analisará punições aos deputados que obstruíram a Câmara
O episódio que levou à recomendação de punições expôs a tensão entre governo, oposição e o comando da Câmara. À época, a ocupação só terminou após a intervenção de Arthur Lira (PP-AL), ex-presidente da Casa, que articulou com líderes do Centrão e da oposição um acordo para desobstruir a Mesa. A contrapartida negociada foi a insistência junto a Hugo Motta para pautar a proposta de anistia.
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