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STF decreta conclusão de condenação de Mauro Cid por participação no golpe

Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro foi o único do núcleo central da trama golpista que não recorreu da condenação imposta pela Primeira Turma da Corte

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, relator da ação penal sobre a tentativa de golpe de Estado, decretou, nesta terça-feira (28/10), o trânsito em julgado da condenação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, por envolvimento na trama criminosa. Com isso, foi tornada definitiva a pena de dois anos de prisão em regime aberto. 

Delator do esquema, Mauro Cid foi o único entre os oito réus do núcleo crucial da tentava de golpe que decidiu não recorrer da condenação. Segundo a defesa, o militar cumpriu integralmente a condenação durante o período em que esteve preso preventivamente, além das medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica e retenção de passaporte.

Em setembro, a Primeira Turma do STF julgou o chamado núcleo crucial da tentativa de golpe. Segundo a acusação da Procuradoria-Geral da República (PGR), os envolvidos atuaram para desacreditar o sistema eleitoral, incitar ataques a instituições democráticas e articular medidas de exceção. 

Entre os condenados, está o ex-presidente Jair Bolsonaro, com a pena de 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Essa foi a primeira vez na história em que um ex-chefe do Executivo é punido por crimes contra a democracia. 

Também foram condenados os ex-ministros Augusto Heleno (21 anos de prisão), Paulo Sérgio Nogueira (19  anos de prisão), Anderson Torres (24 anos de prisão); além do deputado federal Alexandre Ramagem (16, 1 mês e 15 dias); e do ex-comandante da Marinha Almir Garnier  (24 anos de prisão). Os réus também foram pubidos a inelegibilidade pelo prazo de 8 anos. 


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