Meio Ambiente

Lula critica 'celeuma' por exploração de petróleo na Margem Equatorial

Durante evento com veículos movidos a combustíveis sustentáveis, petista frisou que o Brasil vai continuar usando petróleo "enquanto for necessário"

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou nesta quinta-feira (30/10) a “celeuma” em torno da exploração de petróleo na Margem Equatorial, região próxima à Foz do Amazonas. O chefe do Executivo voltou a defender a atividade da Petrobras na região, e argumentou que não é possível acabar com os combustíveis fósseis “do dia para a noite”.

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Durante agenda sobre combustíveis renováveis, o petista destacou ainda que o Brasil será liderança mundial em energia limpa, e fez elogios à petroleira estatal, que disse ser “mais do que uma empresa de petróleo”.

“Tem uma celeuma no Brasil sobre a exploração de petróleo na Margem Equatorial. Foi dada a licença do Ibama começar a fazer pesquisa. Eu tenho dito que não é possível abrir mão do combustível fóssil de um dia para noite. É preciso construir o fim da utilização do combustível fóssil”, declarou Lula.

“Para isso,  a gente tem que pesquisar a Margem Equatorial com o cuidado que o meio ambiente exige, com a responsabilidade que o Brasil tem de mostrar que nós vamos ser o país mais perfeito do ponto de vista da transição energética no mundo”, acrescentou.

O líder petista participou de uma exibição de veículos da montadora Mercedes-Benz, movidos a combustíveis sustentáveis da Be8, maior produtora brasileira de biodiesel.

Petróleo enquanto for necessário

Em sua fala, o presidente Lula também fez elogios à Petrobras, e frisou que o Brasil continuará utilizando o petróleo. O aval para exploração na Margem Equatorial foi criticado por ambientalistas, especialmente por ocorrer nas vésperas da COP30, maior conferência ambiental do mundo.

“O Brasil vai ser o campeão de transição energética. Aqui não tenha dúvida que, depois que nós aprovamos o combustível do futuro, toda a matriz energética nossa vai mudar. A gente vai continuar utilizando o petróleo, enquanto for necessário”, frisou o chefe do Executivo.

“Mas, uma coisa que é importante, a nossa empresa chamada Petrobras, ela é tão importante pro Brasil que ela é mais do que uma empresa de petróleo. Ela vai se transformar, com o tempo, em uma empresa de energia. E aí o sucesso será total e absoluto”, acrescentou.

Também estiveram presentes, por parte do governo federal, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

Participaram ainda o diretor de Comunicação e Relações Institucionais da Mercedes, Luiz Carlos Gomes de Moraes; o presidente da Be8, Erasmo Carlos Battistella; o presidente da Mercedes-Benz na América Latina e no Brasil, Denis Güven; e o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Moisés Selerges.

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