
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), afirmou que discutiu “ações de combate ao crime organizado” em reunião com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, nesta terça-feira (4/11), na sede da Presidência do Senado. O encontro ocorreu no mesmo dia da instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado na Casa.
De acordo com Alcolumbre, o diálogo teve como foco a integração entre os Poderes na formulação de medidas voltadas ao fortalecimento da segurança pública e ao uso de novas tecnologias no enfrentamento à criminalidade. “É papel do Congresso contribuir de forma responsável e democrática para a proteção da vida dos brasileiros”, afirmou o senador em nota oficial.
A reunião também abordou a avaliação das operações policiais realizadas nos estados e possíveis atualizações na legislação penal. Moraes, que é relator da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) das Favelas, ação que estabeleceu parâmetros para operações em comunidades do Rio de Janeiro, discutiu ainda o andamento das investigações sobre a recente operação policial que resultou em 121 mortes nos complexos da Penha e do Alemão.
A CPI do Crime Organizado, instalada nesta terça, será presidida pelo senador Fabiano Contarato (PT-ES), tendo Hamilton Mourão (Republicanos-RS) como vice e Alessandro Vieira (MDB-SE) na relatoria. O colegiado deve investigar a atuação de facções e milícias em todo o país, incluindo possíveis conexões com atividades econômicas legais.
A reunião entre Alcolumbre e Moraes ocorreu um dia após o ministro visitar o Rio de Janeiro para discutir a megaoperação com o governador Cláudio Castro (PL) e a cúpula da segurança estadual. O encontro teve o objetivo de esclarecer o planejamento e a execução da ação, considerada a mais letal da história do estado.
Em manifestação enviada ao Supremo, o governo fluminense alegou que o uso da força foi “proporcional” e que a operação mirava uma facção “altamente armada e estruturada”. A ofensiva, que mobilizou cerca de 2,5 mil agentes, deixou quatro policiais entre as vítimas e segue sob apuração das autoridades estaduais e federais.
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