Segurança pública

Motta cobra explicações de quem votou contra PL Antifacção: "Tem que dar a cara a tapa"

Presidente da Câmara critica "narrativas inverídicas" e pressiona opositores após petistas votarem contra o texto modificado pelo relator Guilherme Derrite (PP-SP)

Hugo Motta defendeu o trabalho de Derrite e afirmou que o texto aprovado
Hugo Motta defendeu o trabalho de Derrite e afirmou que o texto aprovado "corrige fragilidades" - (crédito: Bruno Spada / Câmara dos Deputados)

Um dia depois da aprovação do PL Antifacção na Câmara, o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), elevou o tom contra os parlamentares que votaram contra a proposta. O deputado afirmou nesta quarta-feira (19/11) que quem rejeitou o texto precisa “dar a cara a tapa” e explicar o motivo publicamente.

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“Quem votou contra tem que hoje dar a sua cara a tapa para dizer por que ficou contra a matéria e não ficar criando narrativas inverídicas”, disse Motta em entrevista à Rádio CBN.

O projeto, originalmente enviado pelo governo federal, passou por cinco alterações ao longo das últimas semanas. O relator, Guilherme Derrite (PP-SP), secretário licenciado de Segurança e defensor de um endurecimento amplo da legislação, apresentou sucessivas versões até consolidar o substitutivo aprovado pelo plenário na noite de ontem (18).

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O resultado expôs um racha na base. Embora o PL tenha sido proposto pelo Executivo, nenhum deputado petista votou a favor. Integrantes do partido reclamam que o texto final se distanciou da proposta original do governo e incorporou medidas consideradas excessivas, especialmente no capítulo que trata do perdimento de bens e da definição de facção criminosa.

Motta, por outro lado, defendeu o trabalho de Derrite e afirmou que o texto aprovado “corrige fragilidades” e oferece ao país um instrumento mais robusto contra o crime organizado. “É preciso parar com versões fantasiosas. O texto foi debatido, aperfeiçoado e aprovado por maioria ampla”, declarou.

Com a votação concluída, o projeto segue agora para o Senado, onde será relatado pelo senador Alessandro Vieira (MDB-SE). Vieira, que também conduz a CPI do Crime Organizado, já sinalizou que deve revisar alguns pontos considerados ‘sensíveis’.

 

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postado em 19/11/2025 10:39 / atualizado em 19/11/2025 12:03
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