O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, foi a primeira autoridade a ser ouvida na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado do Senado, em reunião realizada nesta terça-feira (18/11). Durante sua oitiva, Rodrigues defendeu veementemente que as autoridades devem fazer uma diferenciação clara do que está sendo enfrentado quando a pauta é o crime organizado. A declaração foi feita no mesmo dia em que a Câmara dos Deputados estava programada para votar o PL Antifacção.
Siga o canal do Correio no WhatsApp e receba as principais notícias do dia no seu celular
O ponto central da fala de Rodrigues foi o alerta para a necessidade de não “glamourizar” o crime organizado. O diretor da PF argumentou que a atribuição desenfreada do rótulo de crime organizado a "todo e qualquer evento" termina muitas vezes por distorcer essa realidade.
- Leia também: CPI do Crime Organizado é novo round da polarização
- Leia também: PF abre lista de depoimentos na CPI do Crime Organizado
- Leia também: Diretor da PF será ouvido na CPI do Crime Organizado nesta terça-feira
Andrei Rodrigues indicou ainda que a falta de diferenciação adequada dificulta o enfrentamento desse fenômeno criminal. Ele explicou que, ao se generalizar, organizações criminosas acabam sendo tratadas como entidades que precisam ser "muito respeitadas e supervalorizadas".
Segundo o diretor-geral, tais distorções podem surgir como resultado de apelo midiático ou promoção pessoal de indivíduos que não demonstram compromisso com o interesse público.
Acompanhe:
