
Antes da reunião de líderes marcada para a tarde desta terça-feira (18/11), o relator do PL Antifacção, Guilherme Derrite (PP-SP), foi convocado para uma conversa reservada com a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, e o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). O encontro deve ser a última tentativa de aparar as arestas que continuam travando o avanço do projeto.
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Segundo a assessoria de Motta, “o presidente Hugo deve encontrar os ministros ao longo do dia. O horário e local da reunião ainda não foi confirmado”.
O governo ainda não engoliu pontos centrais do relatório. Gleisi tem insistido que o texto mantém fragilidades difíceis de sustentar politicamente, como o enquadramento penal das facções, o mecanismo de perdimento extraordinário de bens e o risco de esvaziamento de fundos federais.
Do lado da Câmara, o clima é de aperto. Motta decidiu manter a votação na pauta desta terça, mesmo com líderes e governadores pedindo mais tempo para negociar. A insistência do presidente da Casa transformou o dia numa disputa de fôlego: se o acordo não sair, a sessão corre sério risco de acabar esvaziada ou adiada. Nesse cenário, o desgaste recai diretamente sobre ele, que apostou na votação imediata apesar da falta de consenso.
Nos corredores da Câmara, já surgiu até um apelido por parlamentares que têm comparado o PL Antifacção à “segunda anistia”, proposta que nunca avançou.

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