A prisão preventiva do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL), na manhã deste sábado (22/11), colocou a segurança pública do Distrito Federal em alerta.
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Fontes com quem a reportagem conversou informaram que a movimentação na cidade é monitorada de perto. Mas, até a última atualização desta matéria, não houve convocação da cúpula da segurança pública para definir as estratégias para garantir a ordem pública, caso haja manifestação de apoiadores do ex-presidente.
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O secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar, informou ter tomado as providências para manter a ordem na capital. E que, até o momento, não há indícios de protestos contra a prisão do ex-presidente. "Também estamos em contato direto e permanente com a PF. O controle envolve todas as forças de segurança", garantiu.
A Polícia Militar do Distrito Federal estará com equipes na área externa da Superintendência da Polícia Federal, atuando para garantir a fluidez do ambiente e preservar a ordem pública.
Entenda o caso
Na sexta-feira (21/11), o senador Flávio Bolsonaro publicou vídeo nas redes sociais convocando a população para fazer uma vigília pelo pai.
Horas depois, pouco depois da meia-noite de hoje, houve uma tentativa de rompimento da tornozeleira eletrônica de Bolsonaro.
Esses fatos, aliado à fuga de Ramagem para os Estados Unidos, também condenado pelo Supremo Tribunal Federal, levaram o ministro Alexandre de Moraes a decretar a prisão preventiva do ex-presidente.
Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três meses de prisão pela tentativa de golpe em 8 de janeiro.
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Na análise dos crimes, o ministro Alexandre de Moraes fixou as seguintes penas:
Organização criminosa armada (7 anos e 7 meses de reclusão); abolição violenta do Estado Democrático de Direito (6 anos e 6 meses) golpe de estado ( 8 anos e 2 meses), dano qualificado (2 anos e 6 meses de detenção e 62 dias-multa), deterioração do patrimônio tombado (2 anos e 6 meses de reclusão e 62 dias-multa).
Em sua decisão, o ministro Alexandre de Moraes escreveu: “As circunstâncias, consequências do crime e conduta social são altamente desfavoráveis ao réu Jair Messias Bolsonaro. Espera-se que aquele que foi eleito democraticamente, está no mais alto cargo da República, paute suas atitudes com mais rigor. Todavia não foi o que aconteceu”, afirmou Moraes.
Para o relator, Bolsonaro “instrumentalizou o aparato estatal e mobilizou agentes e recursos públicos” com o objetivo de disseminar falsas narrativas e provocar instabilidade social para se manter no poder.
