
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira (23/12) que a política brasileira atravessa um “período de ódio” e disse desejar um país menos condicionado pela lógica dos algoritmos das redes sociais. As declarações foram dadas durante cerimônia no Palácio do Planalto que marcou a assinatura do decreto que reconhece a cultura gospel como manifestação cultural nacional.
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Ao discursar, o líder petista relacionou o reconhecimento da música gospel à necessidade de reconstruir pontes de diálogo e convivência. Para o presidente, a valorização dessa expressão cultural pode contribuir para um ambiente público mais respeitoso e humano. Ele ressaltou que o Brasil precisa recuperar o sentido de fraternidade e não se deixar dominar por sistemas que priorizam conflitos e desinformação.
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O chefe do Executivo disse ainda que, aos 80 anos, pretende travar uma batalha em defesa do humanismo. Segundo ele, a sociedade não pode abrir mão de valores essenciais nem aceitar passivamente a influência de algoritmos que moldam comportamentos e opiniões. “Não temos o direito de sermos dominados por eles”, declarou.
Lula também destacou sua trajetória pessoal e política, dizendo ter motivos diários para agradecer a Deus. Afirmou que muitos acontecimentos de sua vida não estavam previstos e classificou a data como especialmente significativa. No campo político, disse que o país vive um momento decisivo e criticou o que chamou de disseminação cotidiana de mentiras e acusações sem compromisso com a verdade, algo que, segundo ele, não havia presenciado com tamanha intensidade em eleições anteriores.
O decreto assinado estabelece que a cultura gospel passa a ser compreendida como um conjunto de expressões artísticas, culturais e sociais ligadas à manifestação da fé no Brasil. O texto prevê a valorização, a promoção e a proteção dessas expressões no âmbito das políticas públicas de cultura.
A cerimônia reuniu autoridades e lideranças evangélicas. Estiveram presentes, entre outros, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB); o advogado-geral da União, Jorge Messias; a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva; a senadora Eliziane Gama (PSD-MA); a deputada Benedita da Silva (PT-RJ); e o deputado Otoni de Paula (MDB-RJ).
Representantes de diferentes denominações evangélicas também participaram do evento, que contou com apresentações artísticas e manifestações de líderes religiosos.

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