Em um vídeo de dois minutos e 20 segundos publicado nas redes sociais nesta sexta-feira (19/12), o ex-deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) se pronunciou, pela primeira vez, sobre a cassação do seu mandato, decidida pela Mesa Diretora da Câmara dos Deputados na tarde de ontem. Foragido nos Estados Unidos, após condenação pelo Supremo Tribunal Federal, Ramagem classificou o ato como uma "covardia" e uma violação das prerrogativas parlamentares.
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No vídeo, Ramagem argumenta que teve o mandato cassado "na canetada", sem que o caso fosse submetido ao crivo do plenário. Segundo ele, a decisão desrespeitou o artigo 55 da Constituição Federal e o artigo 240 do Regimento Interno da Câmara, que preveem o direito à ampla defesa e a votação pelos pares em casos de condenação judicial. "Toda essa covardia porque eu teria votos para ganhar no plenário."
"Fui cassado por faltas, mesmo não tendo número de faltas suficientes [...] porque se presume que eu faltaria às sessões posteriores no ano que vem", alegou, classificando a decisão da Mesa Diretora como "infame e vergonhosa".
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Ao final da gravação, o ex-parlamentar intensificou o tom contra o Supremo, chamando um ministro não nominalmente citado de "violador de direitos humanos" e "ditador", e decretou, em tom pessimista, o enfraquecimento do Legislativo: "A Câmara, efetivamente, acabou, por covardia de quem a preside".
